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Banco central prevê taxa de desemprego nos 8,5% em 2019

O Banco de Portugal antecipa uma recuperação lenta, mas que permitirá uma redução continua da taxa de desemprego para valor registado em 2004. Produtividade desilude.

Paulo Duarte
14 de Dezembro de 2016 às 13:00
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O Banco de Portugal aponta para uma taxa de desemprego de 8,5% em 2019, o que, a confirmar-se, será o menor valor desde 2004. Esta é uma das previsões mais positivas entre as divulgadas a 14 de Dezembro, e que que traçam um cenário de recuperação lenta mas sustentada da economia portuguesa, embora insuficiente para convergir para o rendimento da Zona Euro até ao final da década.  

 

O banco central espera a estabilização do crescimento do emprego ao ritmo de cerca de 1% ao ano – depois de crescimentos de 1,4% em 2015 e 1,5% em 2016 – o que permitirá baixar a taxa de desemprego para 8,5% do PIB em 2019 num cenário de manutenção da população activa do país. 

 

"A evolução da actividade deverá ser acompanhada pela recuperação gradual da situação no mercado de trabalho, projectando-se a continuação do crescimento do emprego, embora a um ritmo progressivamente mais moderado, e a manutenção da trajectória descendente da taxa de desemprego" lê-se no boletim económico, que atribui a melhoria no mercado de trabalho exclusivamente ao sector privado.

"O crescimento do emprego ocorrerá no sector privado, já que o emprego público deverá permanecer relativamente estável. Esta evolução do emprego, a par da hipótese de virtual estabilização da população activa, implica a manutenção de um perfil descendente da taxa de desemprego ao longo do horizonte de projecção, de 11% em 2016 para 8,5 por cento em 2019", estimam os economistas do banco central, que alertam no entanto para uma dinâmica preocupante no mercado de trabalho nacional: o baixo crescimento da produtividade.

"A evolução da actividade e do emprego tem-se traduzido numa dinâmica muito fraca da produtividade do trabalho no recente período de recuperação. Após uma ligeira redução em 2016, projecta-se um crescimento anual da produtividade do trabalho em torno de 0,5 % ao longo do horizonte de projecção", escrevem no boletim,  alertando que estes são valores "bastante aquém" dos registados em crises anteriores, mas que também se estão a registar noutras economias da área do euro.


 

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