O défice comercial português com países não pertencentes à União Europeia diminuiu 8,2% em 2003 face ao ano anterior, segundo os dados definitivos do comércio extracomunitário divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Na base desta melhoria esteve um crescimento das exportações nacionais de 4,8% e uma quebra das importações de 0,5% face aos valores verificados em 2002.

«Em 2003, o aumento do valor das exportações (variação homóloga de mais 4,8%) e a diminuição das importações (variação homóloga de menos 0,5%) determinaram uma redução de 8,2% no défice da balança comercial com Países Terceiros», sublinha o Instituto.

Segundo o INE, «de acordo com os elementos disponíveis, a análise das importações com origem nos países terceiros revelou que a OPEP, a EFTA, os EUA, o Japão e o Brasil foram os principais parceiros, com 52% do total (51,5% em 2002), sendo de assinalar a variação homóloga negativa das transacções com os EUA (menos 10,6%)».

Por seu turno, «nas exportações os principais parceiros comerciais foram os EUA, os PALOP e a EFTA, representando no seu conjunto 52,1% do total (52,6% no ano anterior)».

Ao nível dos produtos mais transaccionados, o INE destaca que «os principais grupos de produtos importados em 2003 foram os combustíveis minerais, as máquinas e aparelhos, os agrícolas e os veículos e outro material de transporte, que no seu conjunto representaram 65,4% do total agora importado, perante 63,9% em 2002».

Deste grupo destaca o INE «a variação homóloga positiva de veículos e outro material de transporte (mais 28,3%) e negativa de agrícolas (menos 11,9%)».

Já do lado das exportações, o destaque vai para «máquinas e aparelhos, veículos e outro material de transporte, matérias têxteis e madeira e cortiça, asseguraram 51,7% do valor das exportações em 2003 (50,6% no ano anterior)». Salienta o INE a variação homóloga positiva de veículos e outro material de transporte (mais 35,1%) e negativa de matérias têxteis (menos 12,2%)».

O INE destaca ainda que «a acentuada variação da importação e exportação de veículos e outro material de transporte deve-se em grande medida, à entrada e à saída de diversas aeronaves objecto de reparação».