Notícia
Autarca de Esposende: "Tenho pena de não ter dívidas"
João Cepa, presidente da Câmara de Esposende, criticou o acordo firmado entre as autarquias e o Governo, porque é "uma grande injustiça perante os municípios que fizeram sacrifícios".
Em declarações ao Negócios, João Cepa (na foto), que faz parte do Conselho Geral da Associação Nacional de Municípios (ANMP), garantiu que teria "votado contra", caso tivesse estado presente na reunião deste órgão ao final da manhã de hoje. "É um acordo particularmente injusto para quem fez esforço para não ter dívidas", lamentou o autarca.
"Tenho pena de não ter dívidas", sublinha. "Se calhar até vou ter de pedir desculpa aos meus munícipes por não ter contraído dívidas e por não ter feito determinados investimentos", prosseguiu. "Não temos nenhuma compensação por termos sido rigorosos", criticou o autarca, que diz que esta é uma prática habitual. "A determinada altura arranja-se sempre uma solução para quem não cumpre."
Cepa também critica a posição da ANMP neste processo. "Apresentou-se perante o Governo claramente de calças na mão", destacou, além de ter recuado em muitos dossiês. "Depois de acertar a linha de financiamento, já aceita a lei dos compromissos, já aceita o cancelamento de verbas do QREN, já aceita tudo", enumerou.
Também o presidente da Câmara de Gondomar, Valentim Loureiro, criticou o acordo. "Lamento que aqueles que cumpram sejam, agora, prejudicados em termos daquilo que têm vindo a fazer. Parece que não se reconhece e valoriza os cumpridores e, em alternativa, criam-se soluções e apoios apenas para as autarquias que fizeram mais do que lhes era financeiramente possível", salientou Valentim Loureiro, citado pela Lusa.
"Tenho pena de não ter dívidas", sublinha. "Se calhar até vou ter de pedir desculpa aos meus munícipes por não ter contraído dívidas e por não ter feito determinados investimentos", prosseguiu. "Não temos nenhuma compensação por termos sido rigorosos", criticou o autarca, que diz que esta é uma prática habitual. "A determinada altura arranja-se sempre uma solução para quem não cumpre."
Também o presidente da Câmara de Gondomar, Valentim Loureiro, criticou o acordo. "Lamento que aqueles que cumpram sejam, agora, prejudicados em termos daquilo que têm vindo a fazer. Parece que não se reconhece e valoriza os cumpridores e, em alternativa, criam-se soluções e apoios apenas para as autarquias que fizeram mais do que lhes era financeiramente possível", salientou Valentim Loureiro, citado pela Lusa.