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Atividade industrial dos EUA contrai pela primeira vez em três anos
Os dados sobre a atividade da indústria norte-americana mostraram uma contração em agosto, algo que não acontecia desde janeiro de 2016.
O índice que mede a evolução da atividade industrial dos EUA ficou pela primeira vez nos últimos três anos abaixo da marca dos 50 pontos, que separa a contração da expansão. Em agosto, a leitura registou uma queda para 49,1 pontos, abaixo de todas as previsões dos economistas questionados pela Bloomberg.
O índice dos gestores de compras do ISM (Institute for Supply Management) revelou também uma queda nas encomendas para um mínimo de mais de sete anos, enquanto o índice relativo à produção encolheu para o nível mais baixo desde o final de 2015.
A situação dos EUA, no entanto, não é caso único. Este cenário de contração na atividade industrial é comum às maiores economias do mundo, incluindo Reino Unido, Alemanha, China e Japão.
A prolongada guerra comercial – que dura há mais de um ano – tem feito estragos em alguns dos setores mais preponderantes nas grandes economias, bem como toda a situação política externa, como é o caso do Brexit ou da turbulência política recente em Itália.
Na Alemanha, o setor automóvel tem sofrido bastante com a imposição de tarifas entre os EUA e a China. No continente asiático, as tecnológicas têm sido as principais vítimas das guerra tarifária entre Washington e Pequim.
As perspetivas de crescimento global são já as mais baixas desde a crise financeira há uma década e prevê-se uma ronda de cortes de taxas de juro entre os principais bancos centrais do mundo para sustentar a dinâmica económica.
Jerome Powell, presidente da Reserva Federal dos EUA, pode dar mais sinais sobre as suas intenções, num discurso que se vai realizar na próxima sexta-feira.