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Atividade da Zona Euro continua a recuar, serviços também já afundam

Índice de gestores de compras voltou a recuar, agora também com o sector de serviços em território de contração. França e Alemanha continuam a pesar, com o resto do espaço do euro em crescimento baixo.

Gonzalo Fuentes/Reuters
22 de Novembro de 2024 às 12:22
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O índice compósito de gestores de compras (PMI) da Zona Euro voltou a quebrar em novembro, apontando para nova perda de ritmo das economias da moeda única no quarto trimestre.

A primeira leitura rápida dos dados globais do PMI neste último mês, divulgada nesta sexta-feira pela S&P Global, volta a colocar as economias do espaço da moeda única abaixo do limiar de 50 pontos que marca a entrada em contração, com um resultado de 48,1 pontos (50,0 pontos em outubro) nas respostas recolhidas entre gestores dos países do euro nos primeiros 20 dias de novembro.

A evolução mais negativa ocorre ainda com o sector industrial em terreno marcadamente negativo (noova descida de 46,0 para 45,2 pontos), mas já também com os serviços a entrarem em terreno negativo, com o índice sectorial a recuar de 51,6 para 49,2 pontos.

"Pela primeira vez desde o mês de arranque do ano, ambos os sectores vigiados assistiram a decidas na produção em novembro, com os serviços a juntarem-se à indústria na contração. A redução na atividade de serviços foi apenas ligeira, contudo, e muito mais fraca do que aquela que se vê na indústria, onde o ritmo do declínio acelerou face a outubro", reflete a nota de divulgação dos PMI, assinalando que a produção industrial medida neste indicador avançado recuou em cada um dos últimos 20 meses.

Os dados mais detalhados do PMI industrial apontam para uma quebra continuada nas novas encomendas, pelo sexto mês consecutivo, sendo que as respostas quanto a novas encomendas para exportações assinalam a maior queda desde o final do ano passado.

As empresas da Zona Euro, no seu conjunto, seguiram também a reduzir emprego pelo quarto mês consecutivo.

Novamente, os dados avançados do PMI – que tendem a acompanhar de perto a tendência de evolução do PIB no espaço do euro – mostram que o quadro negativo é grandemente influenciado pela situação da Alemanha (47,3) e também de França (44,8), havendo um cenário mais otimista nas restantes economias.

"As diferenças de desempenho dentro da Zona Euro são novamente evidentes a meio do último trimestre do ano. Tanto Alemanha como França viram a produção recuar em maior dimensão do que em outubro, com França a registar a maior queda de atividade desde janeiro. Por outro lado, o resto da Zona Euro continua a ver a atividade empresarial aumentar, ainda que o ritmo de expansão seja apenas ligeiro e o mais lento na sequência atual dos últimos 11 meses de crescimento", descreve a nota da S&P Global.

Estas evoluções no indicador avançando sugerem assim que o trimestre final do ano no espaço da moeda única deverá ser marcado por novo abrandamento dentro dos valores baixos de crescimento que se têm vindo a registar. Ainda assim, no terceiro trimestre deste ano, o PIB da Zona Euro avançou ligeiramente melhor que o esperado, em 0,4%. Já no primeiro e segundo trimestre deste ano registou variações de 0,3% e 0,2%, respetivamente.


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