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Associação de bancos alemães considera extensão das maturidades como "solução possível"
Deutsche Bank e Commerzbank estão entre as entidades do grupo que vêem no prolongamento dos prazos da dívida uma solução para a Grécia. Mas apenas em "último recurso".
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Andreas Schmitz, presidente da associação, garantiu que uma reestruturação tem de ser feita apenas com base numa “acção voluntária”, de acordo com a Bloomberg. No entanto, revelou que a participação dos privados só deverá ser uma solução de "último recurso", numa altura em que o país ainda se encontra em dificuldades financeiras e em que não vai conseguir cumprir o inicialmente acordado quando foi definido o pacote de resgate financeiro - nomeadamente o regresso ao mercado de dívida primário no próximo ano.
As declarações do responsável da associação acontecem no dia em que se teve acesso a uma carta enviada pelo ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaueble. Aí, referia que os privados deveriam participar de forma “substancial” no segundo pacote de ajuda financeira à Grécia.
Qualquer acordo no encontro de 20 de Junho terá de incluir o início do processo para o envolvimento dos credores privados, defende o ministro germânico.
Os bancos alemães são os mais expostos à dívida pública da Grécia. Detinham cerca de 22,7 mil milhões de euros em obrigações no ano passado, segundo a Bloomberg.