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As sanções à Rússia e o combate à inflação. O primeiro discurso de Joe Biden sobre o Estado da União

No seu primeiro discurso sobre o Estado da União, Joe Biden atacou a Rússia e falou de política interna. Quer combater a inflação e a aposta nas infraestruturas do país faz parte do seu plano.

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02 de Março de 2022 às 09:46
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Os Estados Unidos vão juntar-se aos parceiros ocidentais e encerrar o espaço aéreo a companhias aéreas russas, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.

"Vamos juntar-nos aos nossos aliados (...), isolando ainda mais a Rússia e colocando pressão adicional na economia", disse Joe Biden, no primeiro discurso sobre o Estado da União, o tradicional pronunciamento anual dos Presidentes dos Estados Unidos no Congresso.

A medida mereceu uma ovação dos congressistas norte-americanos.

O Presidente norte-americano revelou que o Departamento de Justiça dos EUA está a criar uma equipa de trabalho exclusivamente para investigar os "crimes dos oligarcas russos".

"Esta noite digo aos oligarcas e líderes corruptos da Rússia, que lucraram milhares de milhões de dólares com este regime violento, que já basta", afirmou o líder norte-americano.

"Estamos a juntar-nos aos nossos aliados europeus para encontrar e confiscar os vossos iates, os vossos apartamentos de luxo, os vossos aviões privados. Vamos apanhar os vossos lucros indevidos", garantiu.

Biden de olho na inflação

O Presidente norte-americano prometeu ainda controlar a subida da inflação nos EUA e anunciou novas medidas para controlar a pandemia da covid-19.

"Graças ao progresso que fizemos neste passado ano, a covid-19 já não tem de controlar mais as nossas vidas", afirmou, anunciando a iniciativa 'Testar para Tratar', que irá permitir aos norte-americanos fazerem um teste à covid-19 em farmácias e, em caso de resultado positivo, receber medicamentos antivirais, de forma gratuita.

Paxlovid, o antiviral da farmacêutica norte-americana Pfizer contra a covid-19 para tratar doença grave, foi já aprovado pelos reguladores dos EUA e da UE. "A Pfizer está a fazer horas extraordinárias para nos entregar um milhão de comprimidos este mês e mais do dobro disso no próximo mês", disse Biden.

O Presidente norte-americano confirmou ainda que os EUA irão libertar 30 milhões de barris de petróleo das reservas estratégicas, numa medida de curto prazo para reduzir o preço dos combustíveis e controlar a subida da inflação.

A longo prazo, defendeu Biden, a melhor forma de combater a inflação é reduzir os custos de produção através da aposta em bens e serviços feitos nos EUA, "em vez de depender de cadeias estrangeiras de abastecimento".

O Presidente norte-americano anunciou também que, até ao final de 2022, vão ser reparadas mais de 65 mil milhas (104 mil quilómetros) de autoestradas e 1.500 pontes, no âmbito de um plano de investimento aprovado pelos democratas e republicanos. "Vamos ter a década da infraestrutura (...) e colocar-nos no caminho para vencer a competição económica do século 21 com o resto do mundo, particularmente com a China", disse Biden.

Biden apelou ao apoio dos republicanos para várias medidas, incluindo benefícios fiscais para a conversão climática de habitações e empresas e a duplicação da produção de eletricidade a partir de energia solar e eólica.

O Presidente norte-americano pediu ainda a aprovação de um aumento do salário mínimo para 15 dólares (13,5 euros) por hora e de uma redução para metade do custo dos infantários e dos jardins de infância para a maioria das famílias.
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