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Arménio Carlos: Reforço da economia através dos patrões “vai fomentar instabilidade”

Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, Arménio Carlos considera que o reforço do ministro da Economia no Governo e na concertação social não é um bom sinal.

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Arménio Carlos não vê com bons olhos o reforço do peso do ministro da Economia, Siza Vieira, na concertação social, se isso significar a promoção dos interesses das associações patronais.

"Pela ordem hierárquica" estabelecida pelo governo, com a subida de Siza Vieira a ministro de Estado, "parece-me que o Trabalho está a perder peso e que a Economia, na conceção empresarial, começa a ganhar força, o que não é bom sinal".

Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, o secretário-geral da CGTP vai mais longe antecipando, nesse cenário, mais "instabilidade" e "conflitualidade".

 

"Uma economia ao lado dos trabalhadores para melhorar as suas condições de vida é uma economia que ajuda o país a desenvolver-se", diz.

"Uma economia centrada apenas e só a dar resposta ao que são os interesses de algumas áreas patronais vai naturalmente fomentar a concentração da riqueza e criar instabilidade e também, neste caso concreto, conflitualidade", acrescenta.

 

O secretário-geral da CGTP vai pedir audiências à ministra do Trabalho e aos grupos parlamentares para pedir a revogação das normas laborais que tem vindo a criticar, um dossiê que o primeiro-ministro já referiu que não será prioritário.

 

"Independentemente do peso que a Economia tem e que o Trabalho não tem, para a CGTP não haverá nenhum espaço de discussão em que não estaremos presentes. Estaremos presentes para analisar as propostas da outra parte, para fazer as nossas críticas e reivindicações. Não estamos é disponíveis para cooperar em diálogo faz de conta", garante.

 

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