As eleições europeias não vão ser um referendo ao Governo, nas palavras do primeiro-ministro grego, Antonis Samaras (na foto). As declarações foram publicadas esta sexta-feira, 23 de Maio, em entrevista ao diário "Ethnos".

No último dia de campanha eleitoral, o também líder do partido Nova Democracia deixou alguns recados à oposição, sobretudo ao partido de extrema-esquerda Syriza: "algumas pessoas querem riscar os programas de ajustamento, mas não sabem como; alguns dizem que vão subir salários com dinheiro que não existe", alertou, citado pelo "Ekathimerini".

As críticas de Antonis Samaras foram feitas num dia em que as três sondagens publicadas na comunicação social grega apontam para a vitória do Syriza.

Segundo os dados da Public Issue para o diário "Efimerida ton Syntakton", o partido de Alexis Tsipras deverá registar 30%, com 2,5 pontos percentuais de vantagem sobre o Nova Democracia (27,5%). Em terceiro situa-se o Elia (aliança de pequenos partidos com o Pasok), com 8,5%, à frente do Aurora Dourada (8%) e seguido dos comunistas do KKE e dos centristas do To Potami (força política liderada por um antigo jornalista), ambos com 6,5%.

Segundo a sondagem da Metron Analysis para a "Antenna TV", o Syriza reúne 24,2% dos eleitores, com o ND a registar 21%. To Potami (6,8%), Aurora Dourada (6,7%) e Elia (6,5), são os partidos que se seguem.

O último estudo, organizado pela Alco para o jornal "Proto Thema", coloca o Syriza (24,2%) com uma vantagem de 3,4 pontos percentuais sobre o Nova Democracia (20,8%). O partido Aurora Dourada regista 7,7% e é a terceira força política, segundo esta empresa de sondagens, seguida do To Potami (5,8%), do Elia (5,3%) e do KKE (4,8%).

A sondagem de quinta-feira, 22 de Maio, indicava uma diferença de 2,5 pontos percentuais nas intenções de voto entre o Syriza (25%) e o Nova Democracia (22,5%).

Na semana passada, os dados apontavam para um empate técnico entre as duas forças políticas, com vantagem para o partido de Governo, Nova Democracia.

Na Grécia, as eleições europeias vão decorrer no domingo, 25 de Maio, ao mesmo tempo da segunda volta das eleições locais, em que o Syriza liderou na região de Atila, que agrega 40% dos eleitores do país.

Os dados foram apresentados no mesmo dia em que a Fitch subiu o "rating" da Grécia em um nível, de "B-" para "B", mantendo-se, no entanto, numa categoria "altamente especulativa", considerada como "lixo".

O documento da agência aponta para a manutenção de um risco político agravado.