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António Costa volta ao Palácio de Belém para visita relâmpago
Pela segunda vez em poucas horas, o primeiro-ministro, António Costa, regressou à residência oficial do Presidente da República. O encontro durou menos de 15 minutos.
O primeiro-ministro, António Costa, regressou ao Palácio de Belém, horas depois de um primeiro encontro com o Presidente da República, sabe o Negócios. Entretanto, poucos minutos depois de chegar à residência oficial de Marcelo Rebelo de Sousa, Costa já abandonou o Palácio de Belém, de acordo com a SIC Notícias.
O chefe de Estado esteve, antes, com a Procuradora-Geral da República.
Durante esta manhã Costa já tinha estado reunido com Marcelo durante cerca de meia hora e a pedido do próprio primeiro-ministro, depois das notícias sobre buscas e detenções no âmbito da investigação aos negócios do lítio e hidrogénio.
Numa nota publicada esta manhã, o Ministério Público confirmou a operação e a constituição do ministro das Infraestruturas, João Galamba e do presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Lacasta na qualidade de arguidos.
De acordo com a PGR, estarão em causa os crimes de prevaricação, de corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e de tráfico de influência.
O Ministério Público indica que a investigação visa as concessões de exploração de lítio nas minas do Romano (Montalegre) e do Barroso (Boticas), um projeto de central de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines e o projeto de construção de "data center" desenvolvido na Zona Industrial e Logística de Sines pela sociedade "Start Campus".
Além disso, foi autonomizado no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) um inquérito autónomo por alegado envolvimento de Costa nos processos do lítio e hidrogénio.
"No decurso das investigações surgiu o conhecimento da invocação por suspeitos do nome e da autoridade do primeiro-ministro e da sua intervenção para desbloquear procedimentos no contexto suprarreferido. Tais referências serão autonomamente analisadas no âmbito de inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça, por ser esse o foro competente", refere o comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR).
(Notícia atualizada às 13h15)