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António Costa: "Esperamos que no futuro se possa alargar mais o recurso ao teletrabalho"
Questionado pelo PAN sobre o assunto, António Costa referiu que será feita uma “avaliação” do trabalho à distância e admitiu o alargamento do recurso ao teletrabalho mesmo depois da pandemia.
O primeiro-ministro, António Costa, considera que seria desejável alargar o recurso ao teletrabalho mesmo depois da fase mais crítica da crise gerada pela pandemia.
"Mantivemos a obrigatoriedade do teletrabalho até ao final de maio para todas as atividades que podem ser mantidas em teletrabalho, dissemos aliás que o regresso ao trabalho presencial [em junho] deveria ser sempre parcial, de forma a ser alternado, ou por semana, ou por manhãs e tardes, por diferentes turnos", descreveu, no debate quinzenal, no Parlamento.
"Esperamos que esta experiência tenha sido positiva, que a possamos todos avaliar e que, no futuro, independentemente de haver ou não crise de pandemia se possa alargar mais o recurso ao teletrabalho", concluiu António Costa, esta quinta-feira. O primeiro-ministro não explicou como pretende incentivar o trabalho à distância.
A questão foi colocada pela líder parlamentar do PAN, Inês Sousa Real, que referiu as vantagens ambientais e sanitárias da medida, considerando que não devemos regressar a "modelos insustentáveis de mobilidade" e que é necessário evitar que os cidadãos tenham medo de usar os transportes públicos.
Numa ótica "sanitária, de conciliação, e ambiental" a deputada perguntou ao primeiro-ministro "se está disponível para revisitar o recurso ao teletrabalho a fim de tomar uma solução além do surto do novo coronavírus".
Esta semana, a ministra da Administração Pública, Alexandra Leitão, defendeu que no período pós-pandemia pelo menos 25% dos trabalhadores com funções compatíveis deverão continuar em teletrabalho.