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António Costa elogia Presidente de Angola por condenar invasão russa

"Não pode haver ambiguidades entre o agredido e o agressor", sublinhou o primeiro-ministro português, em Luanda, na sua segunda visita oficial a Angola. António Costa convidou ainda o Presidente angolano para estar presente nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.

Governo de Angola
05 de Junho de 2023 às 12:40
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O primeiro-ministro, António Costa, elogiou esta segunda-feira a posição angolana, em especial a do Presidente João Lourenço, de condenação da invasão da Ucrânia por tropas russas, salientando que não pode haver ambiguidades entre o agredido e o agressor.

Esta posição foi transmitida por António Costa no início da reunião plenária entre os governos de Lisboa e de Luanda no Palácio Presidencial, em Luanda, depois da cerimónia de apresentação de cumprimentos de boas-vindas pelo chefe de Estado de Angola, com honras militares, hinos nacionais dos dois países e revista às tropas.

Num breve discurso, que antecedeu a cerimónia de assinatura de acordos bilaterais entre os dois países, o líder do executivo português referiu-se à guerra na Ucrânia, dizendo que "Portugal vê com muito apreço a condenação da invasão russa por parte de Angola e, em particular, pelo senhor Presidente João Lourenço".

"Não pode haver ambiguidades entre o agredido e o agressor. E temos consciência do impacto desta guerra na segurança alimentar à escala global e do impacto desproporcional nos países mais vulneráveis", apontou, tendo ao seu lado o chefe de Estado angolano.

Neste contexto, António Costa frisou que "Portugal tem defendido ativamente a introdução de exceções em relação a produtos alimentares, no âmbito do regime de sanções, de modo a mitigar a crise alimentar global".

"Estas exceções, que estão contempladas nos pacotes de medidas restritivas da União Europeia, devem ser estendidas a outros bens essencial para garantir a segurança alimentar, designadamente no que respeita aos fertilizantes", acrescentou.

Costa convida Presidente de Angola para as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril

O primeiro-ministro português convidou o Presidente angolano, João Lourenço, para estar presente nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, sustentando que a revolução portuguesa foi um passo que também representou a libertação de Angola.

Este convite formal de António Costa foi transmitido ao chefe de Estado de angolano no início da reunião plenária entre os governos de Lisboa e de Luanda, após referir que os dois países se aproximam "de um ciclo importante do ponto de vista histórico e cultural, aspetos também basilares na relação entre Portugal e Angola".

"No próximo ano celebram-se os 50 anos do 25 de abril de 1974 e, logo no ano seguinte [em 2025, os 50 anos da independência de Angola. Os dois eventos são indissociáveis, desde logo pelo impacto que a guerra de libertação angolana teve para o fim do regime fascista em Portugal, mas também pelo passo que o 25 de abril representou para a libertação de Angola", considerou o líder do executivo português.

Neste contexto, o primeiro-ministro salientou que "Portugal teria todo o gosto em poder contar com Angola nestas comemorações do momento histórico". Um momento histórico "que nos permitiu ter entre os nossos dois países uma relação madura, sólida e fraternal", acrescentou.
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