Notícia
António Costa já tomou decisão sobre liderança do PS
Decisão está tomada e será comunicada esta noite à Comissão Nacional.
“A decisão que eu tenho de tomar já está tomada e vou comunica-la logo à noite à Comissão Nacional do PS”. A declaração foi feita ao início da tarde por António Costa que se recusou a levantar mais o véu sobre se vai, ou não, candidatar-se a secretário-geral do PS e a sucessor de José Sócrates.
A maioria dos observadores não acredita que Costa abandone a liderança da autarquia da capital, deixando a meio um mandato que termina em 2013.
A agência Lusa escreve, porém, que o antigo ministro da Justiça está a ser pressionado para avançar com uma candidatura, sendo visto como o único com possibilidades de derrotar António José Seguro em eleições directas.
“Segunda-feira de manhã era dado como praticamente adquirido que António Costa não entraria na corrida, mas as pressões para que reflectisse sobre uma candidatura aumentaram ao longo do dia”, escreve a Lusa.
A demissão de José Sócrates na sequência das eleições de domingo, que resultaram no pior resultado para o PS desde 1987 (28%), abriu uma nova corrida eleitoral que deverá ter escassos candidatos na grelha de partida. Para já, certa é apenas a candidatura de António José Seguro, velho rival de Sócrates e antigo presidente da Juventude Socialista (tal como Pedro Passos Coelho foi da JSD).
A expectativa é que avance também Francisco Assis, líder da bancada parlamentar socialista na última legislatura, visto como um homem capaz de fazer uma ponte mais ampla entre as várias sensibilidades do partido.
Escreve a Lusa que as pressões políticas para que António Costa avance aumentaram à medida que “cresceu a convicção que o ainda líder parlamentar do PS, Francisco Assis, poderá não ter condições reais no terreno para se bater com a máquina organizada de António José Seguro”.
“A ideia é que António Costa, nestes anos de oposição, arranje um bom líder da bancada na frente parlamentar e um bom coordenador na direcção para as eleições autárquicas, sendo assim possível conciliar a presidência da câmara de Lisboa com a liderança partidária”.
António Costa resiste e, segundo a Lusa, tem feito lembrar aos seus correligionários que tem dois anos decisivos pela frente em Lisboa, nos quais terá de concluir projectos ambiciosos como a reabilitação da Ribeira das Naus, o plano do arquitecto Renzo Piano para o Braço de Prata ou ainda o programa de consolidação financeira da autarquia.
“Costa tem também em linha de conta a "má memória" que o ex-chefe de Estado Jorge Sampaio diz ter dos anos em que acumulou a presidência da câmara de Lisboa com o cargo de secretário-geral do PS (entre 1989 e 1992) – experiência que terminou com a derrota nas legislativa de 1991 e com a segunda maioria absoluta alcançada por Cavaco Silva”, acrescenta a Lusa.
Entre os pesos pesados que querem Costa a suceder a Sócrates está António Vitorino que, logo na noite eleitoral e do desaire do PS, deu o seu “voto” ao presidente da Câmara de Lisboa dizendo que este “seria, sem dúvida, aquele que à cabeça mereceria a minha maior preferência” para suceder a José Sócrates.
Prós e contras
Já Marcelo Rebelo de Sousa – igualmente comentador na noite eleitoral da TVI – disse não acreditar que António Costa deixe a presidência da capital para avançar para um cargo onde iria "queimar-se". "Ninguém que avançou a seguir a uma derrota destas teve hipótese de chegar ao fim. É uma lebre, um infeliz".
Na previsão do antigo presidente do PSD, a liderança do PS deverá jogar-se entre António José Seguro e Francisco Assis. Enquanto o primeiro "tem mais máquina" a seu favor, tem contra o mau resultado em Braga e o facto de não ter "aberto a boca" no último congresso do PS, em Matosinhos, considerou.
Quanto a Francisco Assis, “tem menos máquina”, mas “tem potencialmente, diz-se, o apoio de António Costa e de alguns notáveis do partido e deu mais o corpo ao manifesto nestes tempos", acrescentou o comentador "laranja".
A Comissão Nacional do PS reúne-se esta noite para marcar já a data da eleição directa do novo líder e também do congresso extraordinário. O objectivo é garantir que o sucessor de Sócrates seja conhecido ainda em Julho, assim como a nova composição dos órgãos do partido.
A maioria dos observadores não acredita que Costa abandone a liderança da autarquia da capital, deixando a meio um mandato que termina em 2013.
“Segunda-feira de manhã era dado como praticamente adquirido que António Costa não entraria na corrida, mas as pressões para que reflectisse sobre uma candidatura aumentaram ao longo do dia”, escreve a Lusa.
A demissão de José Sócrates na sequência das eleições de domingo, que resultaram no pior resultado para o PS desde 1987 (28%), abriu uma nova corrida eleitoral que deverá ter escassos candidatos na grelha de partida. Para já, certa é apenas a candidatura de António José Seguro, velho rival de Sócrates e antigo presidente da Juventude Socialista (tal como Pedro Passos Coelho foi da JSD).
A expectativa é que avance também Francisco Assis, líder da bancada parlamentar socialista na última legislatura, visto como um homem capaz de fazer uma ponte mais ampla entre as várias sensibilidades do partido.
Escreve a Lusa que as pressões políticas para que António Costa avance aumentaram à medida que “cresceu a convicção que o ainda líder parlamentar do PS, Francisco Assis, poderá não ter condições reais no terreno para se bater com a máquina organizada de António José Seguro”.
“A ideia é que António Costa, nestes anos de oposição, arranje um bom líder da bancada na frente parlamentar e um bom coordenador na direcção para as eleições autárquicas, sendo assim possível conciliar a presidência da câmara de Lisboa com a liderança partidária”.
António Costa resiste e, segundo a Lusa, tem feito lembrar aos seus correligionários que tem dois anos decisivos pela frente em Lisboa, nos quais terá de concluir projectos ambiciosos como a reabilitação da Ribeira das Naus, o plano do arquitecto Renzo Piano para o Braço de Prata ou ainda o programa de consolidação financeira da autarquia.
“Costa tem também em linha de conta a "má memória" que o ex-chefe de Estado Jorge Sampaio diz ter dos anos em que acumulou a presidência da câmara de Lisboa com o cargo de secretário-geral do PS (entre 1989 e 1992) – experiência que terminou com a derrota nas legislativa de 1991 e com a segunda maioria absoluta alcançada por Cavaco Silva”, acrescenta a Lusa.
Entre os pesos pesados que querem Costa a suceder a Sócrates está António Vitorino que, logo na noite eleitoral e do desaire do PS, deu o seu “voto” ao presidente da Câmara de Lisboa dizendo que este “seria, sem dúvida, aquele que à cabeça mereceria a minha maior preferência” para suceder a José Sócrates.
Prós e contras
Já Marcelo Rebelo de Sousa – igualmente comentador na noite eleitoral da TVI – disse não acreditar que António Costa deixe a presidência da capital para avançar para um cargo onde iria "queimar-se". "Ninguém que avançou a seguir a uma derrota destas teve hipótese de chegar ao fim. É uma lebre, um infeliz".
Na previsão do antigo presidente do PSD, a liderança do PS deverá jogar-se entre António José Seguro e Francisco Assis. Enquanto o primeiro "tem mais máquina" a seu favor, tem contra o mau resultado em Braga e o facto de não ter "aberto a boca" no último congresso do PS, em Matosinhos, considerou.
Quanto a Francisco Assis, “tem menos máquina”, mas “tem potencialmente, diz-se, o apoio de António Costa e de alguns notáveis do partido e deu mais o corpo ao manifesto nestes tempos", acrescentou o comentador "laranja".
A Comissão Nacional do PS reúne-se esta noite para marcar já a data da eleição directa do novo líder e também do congresso extraordinário. O objectivo é garantir que o sucessor de Sócrates seja conhecido ainda em Julho, assim como a nova composição dos órgãos do partido.