Notícia
Alentejanos são os mais produtivos em Portugal
O Alentejo Litoral é a região portuguesa com o nível mais elevado de produtividade do país, tendo ultrapassado Lisboa em 2014. Os motivos estarão relacionados com a localização da refinaria de Sines.
Os alentejanos que residem no litoral são os portugueses mais produtivos, tendo ultrapassado a Área Metropolitana de Lisboa. A posição é alcançada, em grande parte, devido à refinaria da Galp, em Sines. Ao mesmo tempo, a coesão territorial de Portugal tem vindo a aumentar nos últimos 15 anos.
Os dados foram publicados na semana passada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A produtividade é medida através da relação entre o produto interno bruto (PIB) e o emprego.
Isto é, aquilo que é produzido e o número de trabalhadores necessários para o conseguir, permitindo identificar as regiões são mais ou menos produtivas face à média nacional.
Tendo em conta que o nível médio em Portugal é 100, valores acima revelam regiões mais produtivas e abaixo regiões menos produtivas. No topo do ranking, de 2014 está o Alentejo Litoral, com um índice de produtividade de 126,9%, ligeiramente acima da A. M. Lisboa, com 126,8%.
Do lado oposto do espectro, o Douro continua a ter o valor mais baixo, com 61,3%, tal como em 2013.
O desempenho do Alentejo Litoral é justificado pelos técnicos do INE com "actividades económicas com elevado rácio capital/trabalho na zona de Sines".
Embora não seja directamente nomeada, a referência aponta para a refinaria da Galp, em Sines. Um gigante num tecido empresarial português constituído essencialmente por pequenas empresas.
Este bom resultado acaba por arrastar todo o Alentejo, que apresenta uma produtividade equivalente a mais de 102% do total nacional. O Litoral e o Baixo Alentejo estão entre as regiões mais produtivas do país e o Alentejo Central na metade de baixo da tabela. O Alto Alentejo está na mediana.
O PIB per capita – produção dividida pelo número de residentes do país ou da região – permite tirar muitas das mesmas conclusões da produtividade, embora com diferenças. Lisboa destaca-se claramente de todas as regiões do país e o Alentejo Litoral surge em segundo lugar. O Algarve estava também acima da média nacional em 2014.
Neste indicador, Tâmega e Sousa é a região com o nível mais baixo do país.
Numa análise de grandes regiões (divisão por NUTS II), a produtividade é inferior à média nacional no Norte, Centro, Açores e Madeira. "Note-se, no entanto, que a produtividade aparente do trabalho no Alentejo supera a média nacional (102,3) não obstante apresentar um índice do PIB per capita relativamente inferior (90,4)", pode ler-se no INE.
Ao mesmo tempo, os últimos anos trouxeram um reforço a coesão regional do país. Os dados do INE mostram que há menor disparidade tanto do PIB per capita como da produtividade. Entre 2013 e 2015, a dispersão média de ambos os indicadores caiu de 20,4% para 19,2% e de 17% para 15,9%, respectivamente. Recorde-se que em 2000, estes valores ultrapassavam os 23% no caso do PIB per capita e os 21% na produtividade. "Pode concluir-se que o grau de coesão tem vindo a aumentar", explica o INE.
Os dados foram publicados na semana passada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A produtividade é medida através da relação entre o produto interno bruto (PIB) e o emprego.
Isto é, aquilo que é produzido e o número de trabalhadores necessários para o conseguir, permitindo identificar as regiões são mais ou menos produtivas face à média nacional.
Do lado oposto do espectro, o Douro continua a ter o valor mais baixo, com 61,3%, tal como em 2013.
O desempenho do Alentejo Litoral é justificado pelos técnicos do INE com "actividades económicas com elevado rácio capital/trabalho na zona de Sines".
Embora não seja directamente nomeada, a referência aponta para a refinaria da Galp, em Sines. Um gigante num tecido empresarial português constituído essencialmente por pequenas empresas.
Este bom resultado acaba por arrastar todo o Alentejo, que apresenta uma produtividade equivalente a mais de 102% do total nacional. O Litoral e o Baixo Alentejo estão entre as regiões mais produtivas do país e o Alentejo Central na metade de baixo da tabela. O Alto Alentejo está na mediana.
O PIB per capita – produção dividida pelo número de residentes do país ou da região – permite tirar muitas das mesmas conclusões da produtividade, embora com diferenças. Lisboa destaca-se claramente de todas as regiões do país e o Alentejo Litoral surge em segundo lugar. O Algarve estava também acima da média nacional em 2014.
Neste indicador, Tâmega e Sousa é a região com o nível mais baixo do país.
Numa análise de grandes regiões (divisão por NUTS II), a produtividade é inferior à média nacional no Norte, Centro, Açores e Madeira. "Note-se, no entanto, que a produtividade aparente do trabalho no Alentejo supera a média nacional (102,3) não obstante apresentar um índice do PIB per capita relativamente inferior (90,4)", pode ler-se no INE.
Ao mesmo tempo, os últimos anos trouxeram um reforço a coesão regional do país. Os dados do INE mostram que há menor disparidade tanto do PIB per capita como da produtividade. Entre 2013 e 2015, a dispersão média de ambos os indicadores caiu de 20,4% para 19,2% e de 17% para 15,9%, respectivamente. Recorde-se que em 2000, estes valores ultrapassavam os 23% no caso do PIB per capita e os 21% na produtividade. "Pode concluir-se que o grau de coesão tem vindo a aumentar", explica o INE.