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Alemanha revê em baixa crescimento para 2016

O abrandamento da procura pelos mercados emergentes, em particular a China, está a ter impacto negativo nas vendas alemãs ao exterior. Resta a Berlim o investimento público e privado e o consumo.

A segunda posição é ocupada pela chanceler alemã Angela Merkel, que subiu da quinta posição para o pódio. Merkel “é a espinha dorsal dos 28 membros da União Europeia, e as suas acções decisivas sobre o problema dos refugiados sírios e sobre o problema da dívida grega ajudaram-na a subir nesta listagem”.
Bloomberg
27 de Janeiro de 2016 às 16:24
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O Governo alemão reduziu em uma décima percentual a sua previsão para o crescimento do produto interno bruto (PIB) deste ano, devido ao abrandamento das economias emergentes que está a penalizar as suas exportações.

O vice-chanceler alemão, Sigmar Gabriel, anunciou esta quarta-feira que a maior economia europeia deverá crescer 1,7% este ano, ligeiramente abaixo dos 1,8% inicialmente previstos. O desempenho vai assim ao encontro daquele que foi registado no ano passado.  

Com a procura interna a sustentar boa parte do crescimento económico, o responsável assegurou no entanto que tanto o Estado como o sector privado têm de incrementar os seus investimentos para manter a competitividade da "locomotiva" europeia.


"Estamos a ser bem sucedidos, mas precisamos de investir mais", disse Gabriel aos jornalistas na apresentação do relatório económico de 2015, acrescentando que o objectivo de ter um orçamento equilibrado não pode ser visto como um dogma, refere a Reuters.


No ano passado, a despesa pública germânica aumentou para próximo dos 30 mil milhões de euros, correspondendo a 20,45% do PIB, aguardando-se que o investimento estatal cresça mais 3,5% em 2016. Este ano, o governo liderado por Angela Merkel espera que as importações cresçam mais que as exportações, perante a fraqueza revelada por mercados como a China.


Em sete anos, a exposição da Alemanha em relação ao mercado chinês praticamente duplicou, passando de destino de 3,1% das suas vendas em 2007 exterior para representar 6,6% em 2014.


O crescimento do mercado chinês tem vindo a perder ritmo nos últimos anos e fechou 2015 a avançar 6,9%, o pior desempenho em mais de duas décadas, quando as autoridades de Pequim apontavam para um crescimento "em torno dos 7%".Já em 2014 a segunda maior economia do mundo tinha progredido ao ritmo mais baixo em 24 anos (7,4%).


Ainda assim, de acordo com Jennifer McKeown, analista da Capital Economist, nem mesmo uma forte queda do mercado chinês poderá empurrar Berlim para uma recessão. No entanto, "se ao contrário das nossas previsões a China desencadear um maior abrandamento na procura global, isso atingirá fortemente a economia alemã", disse à Reuters.

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