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Alemanha pede "mais calma" a quem defende soluções para a crise

O ministro alemão dos Negócios Estrangeiros observou que o tom do debate público sobre a crise orçamental europeia está a tornar-se "muito perigoso". Porta-voz do Governo alemão diz que "mais calma seria bom".

06 de Agosto de 2012 às 11:58
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O Governo alemão está a apelar para uma maior contenção no discurso público dos responsáveis políticos a propósito da crise orçamental. Declarações feitas depois de Mario Monti ter avisado que “a crise do euro está a ameaçar o futuro da Europa”.

O porta-voz do Governo alemão Georg Streiter disse que seria desejável “mais calma” no debate sobre a crise orçamental. O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Guido Westerwelle acrescentou que os políticos “têm de ter o cuidado de não dividir a Europa”.

Mario Monti apelou, no domingo, para que seja dada “maior margem de manobra” aos países do Sul e pediu maior apoio. “Não se trata de mais ajudas financeiras mas sim de apoio moral”, salientou Mario Monti. Isto porque “as tensões provocadas pela crise do euro mostram já sinais psicológicos de dissolução da Europa”, disse.

Guido Westerwelle respondeu assim às críticas de Mario Monti sobre os problemas que têm sido levantados pelas instituições nacionais a acordos europeus.

“Precisamos de um reforço, não um enfraquecimento, da legitimidade política na Europa”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, em comunicado citado pela Bloomberg.

Na entrevista que deu ontem ao “Der Spiegel”, o primeiro-ministro italiano lamentou que sejam levantadas questões sobre os pactos europeus que são assinados. “Sempre que se chega a um acordo de consenso, só passa um ou dois dias até alguém ponha em questão o acordo”.

“Todos os países têm os seus tribunais constitucionais e os seus parlamentos”, disse o primeiro-ministro italiano, numa altura em que o Tribunal Constitucional alemão está a ponderar sobre a legalidade de a Alemanha participar no Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE).

O Tribunal Constitucional alemão só poderá aprovar a participação do país no MEE a 12 de Setembro e, até lá, o fundo permanente de resgate estará em suspenso.
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