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AIE diz PIB português mais afectado pela subida do petróleo

A Agência Internacional de Energia (AIE) alerta para a forte dependência de Portugal do petróleo, acima da média da União Europeia e dos próprios países que fazem parte daquele organismo. Esta situação faz com que o país fique mais vulnerável à forte esca

11 de Outubro de 2004 às 20:08
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A Agência Internacional de Energia (AIE) alerta para a forte dependência de Portugal do petróleo, acima da média da União Europeia e dos próprios países que fazem parte daquele organismo. Esta situação faz com que o país fique mais vulnerável à forte escalada dos preços do petróleo, alertou hoje o director executivo da AIE, Claude Mandil.

A AIE estimou na semana passada que o impacto dos actuais preços do petróleo no PIB da economia mundial em 2005 deverá ser de 0,5%.

Questionado sobre o caso português, Claude Mandil disse que o impacto pode ser maior dada a elevada dependência nacional do petróleo que assegura 62% do abastecimento de energia primária, contra uma média de 41% da União Europeia e dos associados da Agência Internacional de Energia.

Por isso mesmo, o responsável defende que é importante ver os sinais do mercado e a reagir, consumindo menos e reforçando o desenvolvimento de energias alternativas. Este não tem sido o comportamento do mercado português, pelo menos no que diz respeito ao consumo que, tal como sublinha a AIE, continua a crescer muito acima do PIB, aumentando a intensidade energética, ao contrário da maioria dos países da UE.

AIE contra descida de impostos e venda de reservas no mercado

Na conferência de imprensa, Claude Mandil afastou no entanto qualquer cenário concertado e pontual de descida dos impostos sobre os combustíveis na UE para amortecer o impacto macroeconómico da escalada do petróleo. Isso seria dar sinais errados aos consumidores, que continuariam a consumir mais, e aos produtores, que não teriam a pressão de uma eventual queda do consumo na procura.

Mandil afastou também a utilização das reservas estratégicas no mercado para pressionar os preços. A Agência tem quatro mil milhões de barris em «stocks» estratégicos para responder a rupturas de abastecimento, o que corresponde grosso modo à produção anual da Arábia Saudita, mas apenas a três semanas de volume negociado nos mercados internacionais de petróleo, pelo que não chegaria para conter a especulação, defende.

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