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AIE corta previsão de crescimento do consumo de petróleo

A Agência Internacional de Energia (AIE) reduziu em 250 mil barris diários a previsão do ritmo de crescimento da procura de petróleo em 2005, que passa a ser de 1,35 milhões de barris por dia. Esta alteração fica a dever-se em parte ao furacão «Katrina»,

09 de Setembro de 2005 às 09:13
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A Agência Internacional de Energia (AIE) reduziu em 250 mil barris diários a previsão do ritmo de crescimento da procura de petróleo em 2005, que passa a ser de 1,35 milhões de barris por dia. Esta alteração fica a dever-se em parte ao furacão «Katrina», mas também ao abrandamento do consumo na OCDE e na China, diz a AIE.

O efeito que o furacão «Katrina» provocou ao nível da procura ainda não se pode determinar em concreto, diz a AIE no seu relatório mensal, mas as estimativas iniciais apontam para que o abrandamento sentido nos primeiros dias recupere com a necessidade de combustíveis para actividades de reparação e salvamento nas cidades afectadas. «A procura nos EUA deverá cair em 200 mil barris diários no mês de Setembro mas deverá recuperar rapidamente nos meses seguintes», refere o relatório.

No total, a expectativa da AIE é de que a procura global seja de 83,48 milhões de barris por dia em 2005 e de 85,25 milhões de barris diários em 2006, o que corresponde a reduções de 250 e 260 mil barris diários nas previsões, respectivamente. Este corte é atribuído «apenas em parte» ao «Katrina», afirma a agência.

«A procura na OCDE foi muito mais fraca do que o esperado em Julho e o consumo na China permaneceu fraco em relação aos níveis de 2004. Os outros países asiáticos estão a ressentir-se do impacto dos preços elevados», lê-se no documento.

Do lado da oferta, a AIE diz que houve um aumento de 440 mil barris diários na produção de Agosto, que se situou nos 84,9 milhões de barris por dia, graças a um aumento dos fornecimentos do México e também a subidas na produção dos antigos países da União Soviética e dos países africanos. A Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) também produziu mais 80 mil barris diários no mês de Agosto.

Neste relatório a Agência Internacional de Energia justificou também a decisão de libertar petróleo das reservas estratégicas para apoiar os Estados Unidos após os cortes de produção no Golfo do México. A instituição diz que actuou para estancar uma «perturbação local que rapidamente se alastrou ao resto do mundo».

«A AIE actuou para adicionar oferta ao mercado petrolífero, libertando ‘stocks’ para cobrir uma interrupção que não poderia ser suprimida com fornecimentos alternativos. Como esta oferta vai ser utilizada, terá de ser o mercado a decidir. O crude e os restantes produtos petrolíferos libertados acabarão por ser encaminhados para os sítios onde fazem mais falta», refere a AIE.

Hoje o crude negociado em Nova Iorque seguia a a subir 0,42% para os 64,76 euros, enquanto na bolsa de Londres o barril de brent apreciava 0,62% para os 63,47 dólares.

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