Notícia
AECOPS classifica panorama no sector da construção de «sombrio»
O inquérito promovido pela AECOPS ao sector da construção registou um saldo negativo de respostas extremas de 18% no terceiro trimestre. Em termos acumulados este ano o saldo é negativo em 16%.
As obras públicas, com os cortes efectuados pelo governo no investimento, estão a registar um maior abrandamento do que o previsto. No entanto, a actividade da construção de habitação foi melhor que o previsto devido ao aproveitamento das condições de crédito bonificado que terminaram no mês de Setembro.
O Euro-2004 está ser o único factor impulsionador da construção de edifícios não residenciais, afirma o relatório.
A taxa de utilização da capacidade de produção das empresas do sector situa-se nos 79,4%, abaixo dos 81,4% registados no mesmo período do ano passado.
Em relação ao emprego e aos preços a praticar no futuro, as expectativas também não são boas, os saldos médios das respostas atingiram os valores de -18% e -7% respectivamente. No mesmo período do ano passado, os valores registados foram de 11% para o emprego e 6% para os preços.
Nas vendas de cimento, o cenário é de moderação. Segundo as estimativas da AECOPS, até Agosto, as vendas de cimento no mercado interno diminuíram em 1,9%. Quando questionados sobre as perspectivas futuras, o saldo de respostas obtidas foi negativo em 28% face aos 26% registado no mesmo mês do ano anterior.
O sector da construção é responsável por 18% do Produto Interno Bruto (PIB) português.