Notícia
Académicos avisam que mexidas na TSU podem destruir emprego
Cinco professores de Economia acabam de publicar os resultados de um estudo conjunto sobre as alterações propostas para a TSU que contrariam os esperados pelo Governo. Nos seus cálculos, o mais provável é que as mexidas previstas resultem na perda de 68 mil empregos.
Um estudo académico realizado por cinco professores de Economia aponta para a probabilidade de as alterações previstas pelo Governo na Taxa Social Única (TSU) resultarem na destruição de emprego e não na sua promoção.
"De acordo com o modelo empírico estimado, as alterações dos descontos para a Segurança Social levam a que se perca cerca de 33 mil empregos. Considerando um intervalo de confiança de 95%, os nossos resultados sugerem que a perda de empregos pode ser na ordem dos 68 mil". Na melhor das hipóteses, acrescentam, o impacto sobre a criação de emprego "é praticamente nulo, apenas criaria 1.000 empregos". Outra das conclusões do estudo aponta para um aumento do peso do desemprego de longa duração no desemprego total.
O estudo foi realizado por quatro professores de Economia da Universidade do Minho (Luis Aguiar-Conraria, Fernando Alexandre, Joao Cerejeira e Miguel Portela) e um da Universidade de Coimbra (Pedro Bação) com o propósito anunciado de lançar um debate público mais esclarecido em torno da proposta do Executivo de reduzir a contribuição das empresas para a Segurança Social em 5,75 pontos percentuais, para 18%, e aumentá-la em sete pontos, para os mesmos 18%, para os trabalhadores.
Nos cálculos do Governo, esta medida – que tem gerado acesa controvérsia – poderá ajudar a travar o desemprego, ao resultar num aumento do emprego de 1% (50 mil postos) em dois anos.
Os autores do estudo argumentam que, mesmo do ponto de vista teórico, o impacto da proposta de alteração da TSU depende "crucialmente dos pressupostos de partida, não sendo possível alcançar resultados inequívocos relativamente aos efeitos positivos ou negativos sobre o emprego".
"De acordo com o modelo empírico estimado, as alterações dos descontos para a Segurança Social levam a que se perca cerca de 33 mil empregos. Considerando um intervalo de confiança de 95%, os nossos resultados sugerem que a perda de empregos pode ser na ordem dos 68 mil". Na melhor das hipóteses, acrescentam, o impacto sobre a criação de emprego "é praticamente nulo, apenas criaria 1.000 empregos". Outra das conclusões do estudo aponta para um aumento do peso do desemprego de longa duração no desemprego total.
O estudo foi realizado por quatro professores de Economia da Universidade do Minho (Luis Aguiar-Conraria, Fernando Alexandre, Joao Cerejeira e Miguel Portela) e um da Universidade de Coimbra (Pedro Bação) com o propósito anunciado de lançar um debate público mais esclarecido em torno da proposta do Executivo de reduzir a contribuição das empresas para a Segurança Social em 5,75 pontos percentuais, para 18%, e aumentá-la em sete pontos, para os mesmos 18%, para os trabalhadores.
Os autores do estudo argumentam que, mesmo do ponto de vista teórico, o impacto da proposta de alteração da TSU depende "crucialmente dos pressupostos de partida, não sendo possível alcançar resultados inequívocos relativamente aos efeitos positivos ou negativos sobre o emprego".