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5% do PSI-20 pertence a países emergentes

Cerca de 5% da capitalização bolsista do PSI-20 pertence actualmente a empresas oriundas dos mercados emergentes. Um estudo hoje apresentado pela A.T. Kearney revela também que o valor das operações de fusão e aquisição entre Portugal e países emergentes aumentou de 2% para 21% entre 2005 e 2008.

07 de Outubro de 2009 às 13:34
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Cerca de 5% da capitalização bolsista do PSI-20 pertence actualmente a empresas oriundas dos mercados emergentes, revela o estudo “Tendências geoestratégicas globais em fusões e aquisições transnacionais e o caso de Portugal” apresentado hoje pela A.T. Kearney. O mesmo estudo acrescenta que o valor das operações de fusão e aquisição (F&A) entre Portugal e países emergentes aumentou de 2% para 21% entre 2005 e 2008.

Depois destas operações terem registado um valor recorde a nível mundial em 2007 (2,8 biliões de euros), sofreram uma quebra de 38% no ano passado como consequência da crise económica. O mesmo estudo revela que as empresas dos mercados emergentes assumem um papel cada vez mais activo.

O crescimento das fusões e aquisições entre Portugal e países emergentes foi “forte” nos últimos três anos, liderado essencialmente por Angola e Brasil. Esta é uma tendência já verificada na Europa nos últimos anos. O crescimento do valor destas operações passou de 2% para 21% entre 2005 e 2008. O volume total aumentou de 60 milhões de euros para mais de 1.100 milhões de euros.

No global, os investimentos são, na sua maioria, voltados para cotadas do PSI20, ou seja, 92% do total. Os restentes 8% são efectuados noutras empresas. Por outro lado, 5% da capitalização do índice de referência da bolsa nacional, isto é, cerca de três mil milhões de euros, é detido por empresas de mercados emergentes, um valor que é cerca de três a cinco vezes superior à generalidade das bolsas europeias. Angola e Brasil lideram este movimento.

Tiago Monteiro, “principal” da A.T. Kearney, acrescentou, durante a apresentação aos jornalistas que as operações conduzidas por empresas portuguesas tendo como alvo mercados emergentes são, sobretudo, aquisições maioritárias. Pelo contrário, as operações lideradas por países emergentes referem-se, essencialmente, a posições minoritárias.

“No futuro, antecipa-se uma retoma das operações de F&A”, conclui João Rodrigues Pena, vice-presidente da A.T. Kearney. A suportar este crescimento estará a estabilização do mercado accionistas o esgotamento de modelos de negócio empresariais em mercados maduros, a recuperação dos mercados de matérias-primas, o maior crescimento das economias de países emergentes e a necessidade cada vez maior de colocação de fundos em economias estáveis para diversificar o risco.
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