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43% dos portugueses acha «indispensável» o referendo
Quase metade dos portugueses, 43%, acha que é «indispensável» submeter a consulta popular o texto da futura Constituição europeia, no que seria o primeiro referendo em Portugal sobre a União Europeia (UE).
Quase metade dos portugueses, 43%, acha que é «indispensável» submeter a consulta popular o texto da futura Constituição europeia, no que seria o primeiro referendo em Portugal sobre a União Europeia (UE).
A opinião dos portugueses coincide praticamente com a média dos actuais quinze Estados-membros, com 45% a considerar que um referendo é uma opção incontornável.
No topo desta tabela estão os gregos (75%), e no fundo os finlandeses (28%).
Estes são alguns dos resultados do Eurobarómetro, ontem divulgado pela Comissão Europeia, onde se confirma o considerável grau de desconhecimento sobre a reforma que está em marcha na UE.
Só 36% dos portugueses inquiridos responderam ter já ouvido falar da Constituição europeia – percentagem que sobe, embora muito ligeiramente, para 38%, quando se olha para a média europeia.
Aliás, só em cinco dos 25 países da União alargada a Leste se obtiveram mais de 50% de respostas afirmativas à pergunta «já ouviu falar da Constituição?».
Os cidadãos melhor informados são os luxemburgueses (63%), os pior esclarecidos são os britânicos (17%). Ainda assim, 72% dos portugueses concorda com a intenção de dotar a UE de uma Constituição.
Quanto a propostas concretas, o inquérito confirma que a maioria dos portugueses se mostra favorável à criação de um presidente permanente para o Conselho Europeu – proposta que pressupõe a abolição das presidências rotativas e que foi muito criticada pelo Governo.