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O dia num minuto: os despedimentos no Novo Banco, a recusa de Salgado e o aval da Moody's
O Novo Banco vai avançar com um despedimento colectivo. Ricardo Salgado recusa responsabilidades nos prejuízos do banco. E a pergunta para um milhão de euros: os hotéis estão, ou não, cheios em Portugal?
Novo Banco vai fazer despedimento colectivo. O Novo Banco vai avançar para um despedimento colectivo. Essa foi a mensagem deixada por Eduardo Stock da Cunha junto da comissão de trabalhadores numa reunião esta quinta-feira, 25 de Janeiro. "No seguimento do plano de reestruturação imposto pela União Europeia e que já se encontra em curso, o banco terá que reduzir, em 2016, cerca de 1000 postos de trabalho, sendo suposto que 500 sejam através do recurso a um despedimento colectivo", assinala a comissão de trabalhadores em comunicado, a que o Negócios teve acesso. Para já, a posição da comissão de trabalhadores, liderada por Carlos Gonçalves, é clara: "Informámos que não aceitamos nem pactuamos, de forma alguma, com despedimentos colectivos no nosso banco".
Quais os desafios do Novo Banco? O Novo Banco registou perdas de 980,6 milhões de euros em 2015. Maria João Gago, redactora principal do Negócios, explica as razões e fala do plano do banco.
Moody’s valoriza aprovação do OE. A Moody’s vê a aprovação do Orçamento do Estado para 2016 como "positiva para o nível de crédito". Isto porque pressupõe um percurso orçamental mais credível do que a primeira proposta e revela uma real união dos partidos de esquerda. Mas a agência de notação financeira alerta que o crescimento deverá ser inferior ao esperado e, por isso, o défice deverá rondar os 3%. "Acreditamos que o défice orçamental irá acabar por exceder o objectivo do Governo, dadas as nossas previsões de crescimento mais baixas", explica a vice-presidente sénior da agência de "rating", Kathrin Muehlbronner. A Moody’s estima um crescimento do PIB de 1,6%, quando a meta do Executivo é de 1,8%. Desta forma, salienta, "acreditamos que o défice orçamental deverá ficar próximo de 3% do PIB este ano".
Hotéis cheios? Ryanair diz que sim, hoteleiros que não. A Ryanair aconselha os turistas interessados em viajar para Portugal a fazerem as suas reservas até ao final de Fevereiro. Porquê? Há o risco de os hotéis nacionais venderem os últimos quartos disponíveis já em Março. O cenário foi traçado pelo director de marketing da companhia "low cost", Kenny Jacobs. A imprensa internacional pegou no discurso esta quinta-feira, 25 de Fevereiro, e diz mesmo que "Espanha e Portugal estão a vender como bolinhos quentes". Ao Negócios, a presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) descarta este cenário de hotéis cheios. Tendo em conta os dados disponíveis, "não confirmo que Julho e Agosto estejam cheios", explicou Cristina Siza Vieira.
Regulador chumba plano da REN. O regulador para o sector da energia chumbou o plano de investimentos da Rede Eléctrica Nacional REN para a rede nacional de transporte de electricidade (RNT). O parecer para o Plano de Desenvolvimento e Investimento na Rede de Transporte de Electricidade para o período 2016-2025 (PDIRT) foi revelado esta quinta-feira, 25 de Fevereiro. Segundo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), o montante total de investimento de 1.165 milhões de euros previstos no plano "continua a parecer desajustado face à evolução ocorrida e prevista do consumo e da ponta de utilização da RNT". Simultaneamente, aponta a "excelente qualidade de serviço e a inexistência de constrangimentos estruturais da RNT".
Projecto editorial do Negócios vence concurso da Google. Um projecto editorial do Negócios está entre os seis portugueses que venceram o concurso europeu lançado pela Google para dinamizar projectos inovadores de media digital. Com a Digital News Initiative (DNI) a Google pretende apoiar o sector dos media por via da tecnologia e da inovação. Foi um concurso aberto "a todos os envolvidos na indústria europeia de notícias no ambiente digital – grandes, pequenos, estabelecidos ou estreantes", como explicou a Google. Nesta primeira ronda lançada em Abril, a Google atribuiu 27 milhões de euros de financiamento a 128 projectos candidatos ao DNI e que resultou numa parceria com 11 grupos de media.
Leu-se menos em Portugal. A venda de livros em Portugal caiu em 2015. De acordo com a GfK, que monitoriza a indústria literária em vários países europeus e no Brasil, foram comercializados em Portugal mais de 12,5 milhões de livros no ano passado, um decréscimo de 3% face a 2014. As vendas, a nível nacional, atingiram um total de 147 milhões de euros. De acordo com a análise da GfK, os dois títulos que dominaram o mercado literário a nível mundial foram "As Cinquenta Sombras de Grey", de E.L James, e "A Rapariga no Comboio" de Paula Hawkins.