Notícia
UNESCO declara arte chocalheira de Portugal como Património Cultural Imaterial
Portugal tem uma nova arte classificada pela UNESCO como Património Cultural Imaterial com Necessidade de Salvaguarda Urgente. É a arte chocalheira.
A decisão foi tomada às 14:20 desta terça-feira (hora de Lisboa) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), na 10.ª reunião do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, a decorrer em Windhoek, capital da Namíbia, até sexta-feira.
A vila de Alcáçovas (Viana do Alentejo) - a sua Junta de Freguesia em conjunto com a Câmara Municipal de Viana do Alentejo é que promoveram a candidatura - foi onde este fabrico mais floresceu no país, a partir do século XVIII, originando muitos mestres chocalheiros. Alguns rumaram a outros concelhos, como foi o caso da família Sim Sim, uma das mais emblemáticas. Mas, na "capital" dos chocalhos, esta arte também começou a decair a partir do meio do século XX e, agora, são poucos os fabricantes que restam. A Lusa, em Outubro, foi conhecer esta arte.
O fabrico de Chocalhos é o primeiro elemento português nesta lista que visa a protecção de "manifestações culturais em risco de desaparecimento, nomeadamente devido à diminuição do número de artesãos que a praticam".
Como refere um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, esta lista "distingue-se da Lista do Património Mundial, prevista noutra convenção da UNESCO, a Convenção para a protecção do Património Cultural e Natural, onde se encontram inscritos os 15 sítios portugueses considerados de valor universal excepcional, bem como da Lista Representativa do Património Cultural Imaterial, que integra elementos culturais representativos de uma comunidade, de que são exemplos nacionais o fado, a dieta mediterrânica e o cante alentejano".