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Programa apoiado pela Gulbenkian financia 50 cientistas em início de carreira

O programa destina-se a investigadores de topo em início de carreira. As candidaturas são abertas a cientistas que tenham feito formação nos Estados Unidos ou no Reino Unido durante pelo menos um ano.

Sofia Costa/Record
29 de Março de 2016 às 13:08
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Até 50 cientistas em início de carreira vão receber bolsas de 650 mil euros ao abrigo de um programa internacional apoiado pela Gulbenkian que disponibiliza 37,4 milhões de dólares (33,5 milhões de euros), anunciou esta terça-feira, 29 de Março, a instituição portuguesa.

O programa internacional, que se destina a investigadores de topo em início de carreira em vários campos da investigação biomédica, é uma iniciativa do Howard Hughes Medical Institute (HHMI) e tem o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, da Fundação Bill & Melinda Gates e do Wellcome Trust.

"Estamos muito satisfeitos que se juntem a nós nesta iniciativa a Bill & Melinda Gates Foundation, o Wellcome Trust e a Fundação Calouste Gulbenkian", disse o presidente do HHMI, Robert Tjian, citado num comunicado da Gulbenkian.

"Cada uma destas organizações partilha o compromisso de construir capacidade científica internacional, identificando e apoiando cientistas de excelência em início de carreira que têm o potencial de se tornarem líderes científicos", acrescentou.

A cada um dos 50 cientistas selecionados será atribuída uma bolsa de 650 mil dólares, ao longo de cinco anos.

As candidaturas são abertas a cientistas que tenham feito formação nos Estados Unidos ou no Reino Unido durante pelo menos um ano.

Os cientistas só serão elegíveis se tiverem os seus laboratórios há menos de sete anos em países que não façam parte do G7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) e que não sejam alvo de sanções por parte dos EUA.

Os cientistas a trabalhar em Portugal são elegíveis neste concurso, cujas candidaturas devem ser apresentadas até 30 de junho, sendo os finalistas anunciados em abril de 2017.

"Uma das nossas áreas estatutárias diz respeito à Ciência e à disseminação do conhecimento científico. Em parte, alcançamos este objetivo contribuindo para o desenvolvimento de jovens cientistas promissores, com um potencial extraordinário para melhorar a condição da humanidade, através de descobertas nas ciências básicas, favorecendo a saúde e melhorando a qualidade de vida", disse José Neves Adelino, administrador da Fundação Calouste Gulbenkian que também preside à Comissão de Gestão do Instituto Gulbenkian de Ciência.

Com sede em Chevy Chase, Maryland, EUA, o Howard Hughes Medical Institute é o maior financiador privado de investigação biomédica nos Estados Unidos.

Em 2012, a instituição selecionou um primeiro grupo de 28 cientistas em início de carreira que representavam 12 países e que foram escolhidos entre 760 candidatos.

Neste grupo contam-se cinco investigadores a trabalhar em Portugal: Karina B. Xavier e Miguel Godinho Ferreira do Instituto Gulbenkian de Ciência, Luísa M. Figueiredo do Instituto de Medicina Molecular, Megan R. Carey e Rui M. Costa do Centro de Investigação para o Desconhecido da Fundação Champalimaud.

O português Pedro Carvalho, a trabalhar no Centro para a Regulação Genómica, em Barcelona, também foi seleccionado.

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