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UE atribui 575 milhões a 312 “cientistas de alta craveira”. Quatro estão em Portugal

A União Europeia, através do Conselho Europeu de Investigação (CEI), seleccionou 312 cientistas para receber, no total, 575 milhões de euros para continuarem os seus projectos de investigação. Estes investigadores encontram-se dentro do espaço europeu e são de 33 nacionalidades, estando representados 21 estados-membros. Quatro destes cientistas estão a trabalhar em Portugal.

Reuters
14 de Janeiro de 2014 às 13:40
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A União Europeia (UE), através do Conselho Europeu de Investigação (CEI), seleccionou 312 “cientistas de alta craveira” para receberem financiamento europeu. Este apoio, chamado de subvenções de consolidação, vai permitir “aos investigadores consolidarem as suas próprias equipas e continuarem a desenvolver as suas melhores ideias”, de acordo com o comunicado da Comissão Europeia.

 

O financiamento total ascende a 575 milhões de euros, que será distribuído, assim, pelos 312 investigadores que pertencem a 33 nacionalidades e estão presentes em 21 estados europeus. O valor médio concedido aos investigadores é, no mínimo, de 1,84 milhões de euros e, no máximo, de 2,75 milhões de euros.  

 

Em termos de instituições de acolhimento, a tabela é liderada pelo Reino Unido, com 62 organismos a terem investigadores que vão receber este apoio, em seguida está a Alemanha, com 43 entidades e, em terceiro lugar, surge a França, com 42 organizações. Já em termos de nacionalidades, os alemães são os mais representados, totalizando 48 investigadores a receberem esta subvenção, seguidos pelos italianos, que têm 46 investigadores a auferirem este apoio.  

 

Destes 312 investigadores, quatro estão em Portugal, de acordo com o documento comunitário. A investigação destes cientistas é desenvolvida na Fundação Champalimaud, no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian e no Instituto de Medicina Molecular, da Universidade de Lisboa.

 

Rui Costa, investigador da Fundação Champalimaud, candidatou-se e vai receber, de acordo com o comunicado enviado às redacções pela Fundação Calouste Gulbenkian, cerca de dois milhões de euros, por um período de cinco anos, para estudar o chunking, “um mecanismo que nos permite organizar memórias e acções de forma eficiente”.

 

A Fundação explica que “o cérebro lida com memórias e acções complexas organizando-as em

Estes investigadores estão a realizar trabalho pioneiro que permitirá aprofundar os nossos conhecimentos e trará benefícios para a sociedade. O CEI apoia-os num momento crucial em que o financiamento é frequentemente difícil de obter.
 
Máire Geoghegan-Quinn

pequenos módulos ou sequências, num processo conhecido como chunking” que em português significa “organizar em módulos ou parcelas”. O valor que o investigador vai receber será aplicado em equipamento, tecnologia e na equipa, constituída por cerca de 20 pessoas, que darão apoio à realização deste projecto.

 

Os investigadores que se candidatem às subvenções de consolidação, independentemente da sua nacionalidade, têm, nomeadamente, de ter no mínimo sete anos de experiência pós-doutoramento e um máximo de 12 anos. Além disso, a instituição na qual desenvolvem o projecto deve estar situada no Espaço Europeu da Investigação (Estados-Membros da UE e países associados ao Programa de Investigação da UE).

 

"Estes investigadores estão a realizar trabalho pioneiro que permitirá aprofundar os nossos conhecimentos e trará benefícios para a sociedade. O CEI apoia-os num momento crucial em que o financiamento é frequentemente difícil de obter: quando necessitam de progredir na sua carreira e desenvolver a sua própria investigação e as suas próprias equipas", afirmou Máire Geoghegan-Quinn, Comissária Europeia para a Investigação, Inovação e Ciência, em comunicado.

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