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Vacina da BioNTech/Pfizer pode dar impulso adicional à economia alemã
As vendas da farmacêutica alemã podem aumentar o crescimento do PIB da Alemanha em 0,5 pontos percentuais. A empresa reviu em alta as previsões de vendas para 15,9 mil milhões de euros este ano.
A vacina da covid-19 da empresa alemã BioNTech SE está perto de ser um dos medicamentos mais vendidos de sempre. A biotecnológica, que fez uma parceira com a farmacêutica Pfizer para este fármaco, subiu a previsão de vendas de vacinas para 15,9 mil milhões de euros este ano e poderá dar um impulso adicional à riqueza gerada pela Alemanha em 2021.
Caso se confirmem as previsões de vendas, a biotecnológica poderá contribuir para um aumento de 0,5 pontos percentuais no crescimento do produto interno bruto (PIB) da Alemanha dado que grande parte da produção da empresa está concentrada na Alemanha, segundo explica Sebastian Dullien, professor de Economia Internacional da HTW Berlin, à Bloomberg. A projeção do Governo alemão é que a economia do país -- a maior da Europa -- cresça 4% este ano, depois de um tombo de 4,6% em 2020.
Criada em 2008 por um casal de académicos alemães de origem turca, Ugur Sahin e Özlem Türeci, a BioNTech tornou-se famosa durante a pandemia devido à investigação relacionada com a covid-19. A vacina da BioNTech e Pfizer foi a primeira a ser aprovada pela Agência Europeia do Medicamento e lidera a distribuição na União Europeia.
Das mais de 532 milhões de doses distribuídas pelos Estados-membros, mais de 365 milhões são da vacina da Pfizer/BioNTech, segundo dados do Centro Europeu de Prevenção de Doenças (ECDC). O consórcio tem ainda contratos assinados para a entrega de cerca de 2,2 milhões de doses de vacina este ano, a que acrescem mais de mil milhões de doses em 2022 e nos anos seguintes.