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Reino Unido anuncia alívio das restrições mas não põe fim ao confinamento
O primeiro-ministro Boris Johnson anunciou este domingo um alívio das restrições a partir de quarta-feira. No entanto, não será o fim do lockdown no Reino Unido.
O Reino Unido vai aliviar as medidas de restrição impostas no contexto da pandemia a partir da próxima quarta-feira, mas, de acordo com o primeiro-ministro, não se trata, para já, do fim do confinamento, mas antes de um "plano condicional" para o regresso gradual à normalidade.
Num discurso transmitido na televisão, o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou este domingo os "primeiros passos cautelosos" para suspender o lockdown no Reino Unido e reiniciar a economia, permitindo que mais pessoas voltem ao trabalho enquanto controlam a propagação da covid-19.
Avisando que não haverá um fim imediato do confinamento, o chefe do governo britânico anunciou um alívio das restrições à circulação a partir de quarta-feira, data a partir da qual os cidadãos já poderão gozar de tempo de lazer ao ar livre para a prática de atividades como golfe e ténis, e idas aos parques e praias do país.
Às pessoas que não podem trabalhar em casa, o primeiro-ministro disse que devem regressar aos postos de trabalho. Mas quem puder permanecer em teletrabalho deve fazê-lo. "Trabalhe em casa, se puder, e volte ao trabalho se não puder", disse Johnson.
Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro também revelou planos para reforçar as regras: as multas para quem desobedecer às normas de distanciamento social sobem de 40 para 100 libras, e para 3.200 no caso de reincidentes.
"Não é hora de simplesmente acabar o confinamento esta semana", sublinhou o primeiro-ministro. "Em vez disso, estamos a dar os primeiros passos cautelosos para alterar as nossas medidas".
No discurso, Johnson disse que o país evitou a "catástrofe" de 500.000 mortes por coronavírus, devido ao cumprimento das regras de confinamento que impediram que se excedesse a capacidade de resposta dos hospitais. "Seria uma loucura desperdiçar agora essa conquista, permitindo um segundo pico", sublinhou.
Segundo o plano do governo, as escolas primárias vão começar a reabrir para algumas crianças a partir de 1 de junho. Já a maioria dos estudantes do ciclo não regressará às escolas antes de setembro.
Hotéis e restaurantes deverão começar a reabrir em julho, embora os bares provavelmente fiquem fechados por mais tempo.