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PSD quer menos exceções no confinamento e fecho dos serviços públicos

Os social-democratas querem “restringir de forma drástica” o número de exceções na regra do confinamento e encerrar atividades “cujo contributo direto para a produção nacional é mais reduzido”.

Miguel Baltazar/Negócios
18 de Janeiro de 2021 às 12:10
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O PSD acusa o Governo de "continuar a correr atrás do prejuízo, em vez de antecipar e de planear as suas intervenções", questionando a coerência das medidas de confinamento decretadas adotadas na semana passada, por terem sido "mal e tardiamente desenhadas".

 

"Quando se elencam 52 exceções, isto é dar o sinal contrário ao reforço da regra. Se sabemos que não há regra sem exceção, quando as exceções abundam, a regra desaparece. (…) E decretar um confinamento sem qualquer fiscalização é ser conivente com a desobediência", criticou David Justino.

 

O vice-presidente do PSD exortou o Governo a "restringir de forma drástica o número de exceções e a rever [o fecho de] algumas situações com maior poder estruturante, como sejam a maioria dos serviços públicos, o setor da educação e da administração central e local, cujo contributo direto para a produção nacional é mais reduzido".

 

Decretar um confinamento sem qualquer fiscalização é ser conivente com a desobediência. David Justino, vice-presidente do PSD

 

Estas declarações surgem antes de o Executivo socialista se reunir esta segunda-feira, 18 de janeiro, num Conselho de Ministros extraordinário convocado por António Costa para avaliar precisamente os primeiros dias do novo confinamento e decidir a implementação de novas medidas, como a proibição de venda de bebidas ao postigo para evitar a aglomeração de pessoas.

No domingo, 17 de janeiro, também Marcelo Rebelo de Sousa admitiu um agravamento das medidas, considerando que o confinamento não está a ser levado a sério pelos portugueses. "Pode ser necessário ir mais longe no fechamento de atividades que ainda ficaram abertas, como sinal à sociedade", afirmou o Presidente da República.

 
Organização "amadora e desleixada" no voto antecipado

Numa conferência de imprensa na sede nacional do partido, David Justino atacou ainda a "forma amadora e desleixada" como o Ministério da Administração Interna, liderado por Eduardo Cabrita, organizou o voto antecipado presencial, realizado este domingo, "sujeitando os eleitores a longas filas de espera e à própria desistência".

 

"Se não quis equacionar o cenário de adiamento destas eleições, tal como o PSD admitiu e mostrou disponibilidade, então é da responsabilidade desse mesmo Governo assegurar que o ato eleitoral decorra em completa segurança para assegurar uma elevada participação eleitoral", concluiu o responsável social-democrata.

Depois do voto antecipado presencial, perto de 13 mil pessoas em isolamento profilático e idosos em lares inscreveram-se na outra modalidade de voto antecipado, que esta terça e quarta-feira vai ser recolhido porta a porta por equipas municipais, devidamente equipadas e com regras sanitárias estritas.

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