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Portugal "não alcança" a lógica da retirada da lista verde do Reino Unido

Através do Twitter, o Ministério dos Negócios Estrangeiros já reagiu à decisão do Reino Unido, que retirou Portugal da lista verde de destinos considerados seguros.

Reuters
03 de Junho de 2021 às 17:14
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"Tomámos nota da decisão britânica de retirar Portugal da 'lista verde' de viagens, uma decisão cuja lógica não se alcança." É desta forma que o Ministério dos Negócios Estrangeiros reage à decisão do Reino Unido, que esta tarde confirmou a saída de Portugal da lista verde.

"Portugal continua a realizar o seu plano de desconfinamento, prudente e gradual, com regras claras para a segurança dos que aqui residem ou nos visitam", sublinha o ministério de Augusto Santos Silva.
Esta quinta-feira, o Governo britânico confirmou a saída de Portugal da lista verde do Reino Unido, onde figuram os destinos considerados seguros, que dispensam a quarentena de 10 dias no regresso ao país. Desde o início da manhã que a imprensa britânica avançava a saída de Portugal da lista.

O país passa a integrar a lista âmbar, que exige um teste negativo à covid-19 antes de embarcar de regresso ao Reino Unido e ainda uma quarentena durante à chegada. A medida tem efeitos a partir das 4 horas desta terça-feira, dia 8 de junho. 

Portugal figurou na lista britânica durante 17 dias. Com a entrada na lista anunciada no início de maio, Portugal, que é um dos destinos turísticos mais populares entre os britânicos, viu disparar as reservas de viagens. O facto de outros destinos populares, como Espanha ou a Grécia, também estarem fora da lista que dispensa quarentena, impulsionou as reservas para estadias em Portugal. 

O Reino Unido não adicionou nenhum país à lista verde esta quinta-feira, mas incluiu sete destinos na chamada lista vermelha, que antes figuravam na lista âmbar: Afeganistão, Bahrain, Costa Rica, Egito, Sri Lanka, Sudão e Trinidade e Tobago.

Ações de empresas de turismo caíram

Após a imprensa britânica avançar que Portugal poderia sair da lista verde, as ações de empresas ligadas ao turismo, como a aviação e a hotelaria, começaram a cair. O setor do turismo e lazer terminou a sessão desta quinta-feira na Europa a tombar 1,6%.

Os operadores turísticos e as companhias aéreas, como a easyJet ou a Ryanair viram os títulos cair. As ações da easyJet chegaram a cair cerca de 6%, para mínimos de abril, tendo fechado a sessão com perdas de 5,08% para as 9,5920 libras. Já os títulos da Ryanair chegaram a cerca de 3,5%, tendo fechado a sessão a depreciar 0,26%, nos 17,10 euros.
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