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Portugal baixa para risco "muito elevado" após semana com menos casos de covid desde outubro

Portugal afastou-se do topo dos países com mais casos de covid-19 em todo o mundo, surgindo ainda assim acima de países como Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha. No espaço de uma semana os casos caíram para quase metade.

A pandemia da covid-19 teve impacto na atividade económica.
Giuseppe Lami/Reuters
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Nos últimos sete dias foram registados em Portugal 20.342 novos casos de covid-19 em Portugal, o que representa uma média diária a sete dias de 2.906. Este é o valor mais reduzido desde a semana terminada a 26 de outubro, o que mostra bem como a pandemia está a desacelerar com força no país devido ao confinamento que arrancou em meados do mês passado.

 

O número de casos hoje anunciado pela Direção Geral de Saúde foi o mais baixo do ano, o que contribuiu para baixar a média semanal para menos de 3 mil casos diários. Um número que compara de forma favorável com a média diária de mais de seis mil casos na semana terminada no sábado passado, ou o recorde de quase 13 mil casos em média por dia na semana que terminou a 28 de janeiro.

 

Na métrica de casos acumulados em 14 dias por 100 mil habitantes, que serve de referência para a classificação de risco dos concelhos, o alívio da pandemia também é evidente. Com os números hoje reportados, Portugal registou 633 casos em 14 dias por 100 mil habitantes. Trata-se do nível mais baixo desde 6 de janeiro e que compara com o pico de 1.667 casos que se verificava no final de janeiro e os 1.255 casos de há uma semana atrás.

 

Utilizando este critério para classificar o risco de Portugal como um todo, o país está agora bem consolidado no nível de "risco muito elevado", que é o segundo escalão mais grave (480 a 960 casos). Isto depois ter passado cerca de um mês na classificação de  risco extremamente elevado, que corresponde a mais de 960 casos em 14 dias por 100 mil habitantes.

 

Caso se mantenha a tendência de menos de 5 mil casos por dia (o que já acontece há oito dias), o nível de risco estará em breve no escalão de risco elevado.

Entre as regiões portuguesas, o Norte já conseguiu baixar para este nível, registando atualmente menos de 480 casos em 14 dias por 100 mil habitantes.

 

São quatro os escalões para classificar os concelhos: risco moderado (com menos de 240 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias), risco elevado (240 a 480 casos), risco muito elevado (480 a 960) e extremamente elevado (mais de 960).

 

Nos restantes indicadores da pandemia em Portugal, a tendência é também notoriamente positiva. Nos últimos sete dias morreram em Portugal 1.163 pessoas com covid-19, o que representa uma média diária de 166 e corresponde ao nível mais baixo desde 7 de janeiro.

 

Os números da mortalidade demoram algumas semanas a refletir a descida dos casos, pelo que poderá já concluir-se que os números negros de janeiro não vão repetir-se este mês.

 

Até porque nas hospitalizações a tendência dos últimos dias também tem sido bastante positiva. Nos últimos sete dias saíram dos hospitais mais de 1.500 doentes com covid, o que baixou a média diária de internamentos a sete dias para 4.625, o nível mais baixo desde 22 de janeiro.

 

Nas unidades de cuidados intensivos (UCI) estão agora menos de 800 doentes, o que nunca tenha acontecido este mês.

 

Apesar desta evolução positiva, a pressão no Serviço Nacional de Saúde é ainda enorme e muito superior à que se verificava no final de 2020, quando estavam internadas menos de 3 mil pessoas e destas menos de 500 estavam em UCI. Daí que o primeiro-ministro tenha já descartado a possibilidade de acabar com o confinamento no mês de março.

 

O alívio da pandemia em Portugal também permitiu ao país sair do topo do ranking dos países com mas casos de covid.

 

Dados do On World in Data indicam que Portugal regista uma média diária nos últimos sete dias de 280 casos por milhão de habitantes. Muito abaixo dos países que lideram o ranking (República Checa, Monenegro e Estónia), mas ainda acima de países como Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha, como é visível no gráfico em baixo.

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