Notícia
PCP: "Se alguém pensa que o estado de emergência vai resolver os problemas está enganado"
PCP opõe-se à proposta do estado de emergência apresentada hoje pelo Governo ao Presidente da República. Jerónimo de Sousa diz que há outros problemas criados pela pandemia mais importantes.
O PCP não concorda com a implementação de um novo estado de emergência, em Portugal, considerando que existem outros problemas associados à pandemia da covid-19 mais prementes. "Mas o estado de emergência responde a estes problemas concretos que inquietam tanto os portugueses?", perguntou Jerónimo de Sousa aos jornalistas, depois da audiência com o Presidente da República, durante a tarde, no Palácio de Belém.
O secretário-geral dos comunistas acusa o Governo de estar a ignorar as dificuldades reais dos trabalhadores, como na "questão dos mercados e feiras". "Se os feirantes não puderem realizar os seus negócios, vão à falência. Mas porque é que se impõe uma medida sobre estes feirantes?", interroga Jerónimo de Sousa, sublinhando que os mercados a céu aberto estão proibidos, durante a pandemia da covid-19, mas que os centros comerciais continuam a funcionar.
"Mesmo este exemplo a que assistimos na sexta-feira passada, de 17 quilómetros de fila na [ponte] Vasco da Gama. Para quê? Qual foi o efeito de combate à pandemia de manter ali os cidadãos encerrados durante 4 horas, alguns com crianças?"
Para o PCP, o Governo está focado nos contornos errados da pandemia. "Não são precisas mais barreiras de automóveis", afirma Jerónimo de Sousa. "São precisas mais camas, mais meios por parte do Serviço Nacional de Saúde, mais profissionais. Aí é que está a resposta e não em medidas que não têm sentido, nem aplicabilidade, tendo em conta este surto dramático que vivemos."
Embora esteja ainda à espera para conhecer os detalhes do documento, Jerónimo de Sousa acredita que o regresso do país ao estado de emergência é "desnecessário", afirmando que "se alguém pensa que o estado de emergência vai resolver os problemas está enganado".
(Notícia atualizada às 16h48)
O secretário-geral dos comunistas acusa o Governo de estar a ignorar as dificuldades reais dos trabalhadores, como na "questão dos mercados e feiras". "Se os feirantes não puderem realizar os seus negócios, vão à falência. Mas porque é que se impõe uma medida sobre estes feirantes?", interroga Jerónimo de Sousa, sublinhando que os mercados a céu aberto estão proibidos, durante a pandemia da covid-19, mas que os centros comerciais continuam a funcionar.
Para o PCP, o Governo está focado nos contornos errados da pandemia. "Não são precisas mais barreiras de automóveis", afirma Jerónimo de Sousa. "São precisas mais camas, mais meios por parte do Serviço Nacional de Saúde, mais profissionais. Aí é que está a resposta e não em medidas que não têm sentido, nem aplicabilidade, tendo em conta este surto dramático que vivemos."
Embora esteja ainda à espera para conhecer os detalhes do documento, Jerónimo de Sousa acredita que o regresso do país ao estado de emergência é "desnecessário", afirmando que "se alguém pensa que o estado de emergência vai resolver os problemas está enganado".
(Notícia atualizada às 16h48)