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Passageiros de voo oriundo de Maputo testados no aeroporto de Lisboa

As autoridades de saúde portuguesas estão a fazer testes à covid-19 a todos os 262 passageiros de um voo oriundo de Maputo, em Moçambique, que aterrou ao final da tarde no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Resultados não serão conhecidos hoje.

Bloomberg
27 de Novembro de 2021 às 20:55
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"Às 18:41 aterrou um avião proveniente de Maputo que traz 262 passageiros. O que está a acontecer é uma operação conjunta. O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) está a garantir do ponto de vista técnico a realização de testes a todos os passageiros", disse aos jornalistas Bruno Borges, do INEM.

Além do INEM, esta operação envolve o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a PSP.

O mesmo responsável esclareceu que esta operação está a ser realizada na sequência da decisão do Governo que "prevê que todos os passageiros façam à entrada em território nacional um teste antigénio ou um teste PCR, no sentido de garantir que todas as pessoas que entram em território nacional não estão com a doença face a esta nova variante que temos que é muito agressiva".

"As pessoas têm que fazer um teste e depois têm que cumprir 14 dias de isolamento profilático. Estão a ser notificadas pelo SEF nesse sentido e assim que foram acabadas as colheitas a todos os passageiros, os testes serão entregues no Instituto Ricardo Jorge", disse Bruno Borges.

Às 19:20 já tinha sido feita a recolha de amostra biológica para os testes de 10 passageiros.

O responsável referiu ainda que os resultados dos testes não vão ser conhecidos hoje.

"Os residentes em território nacional vão garantir o seu isolamento profilático no domicílio. Quem não tiver alojamento, será acompanhado e as autoridades de saúde determinarão o local onde será feito esse isolamento", acrescentou Bruno Borges.

De acordo com uma nota do MAI, divulgada na sexta-feira, "a partir das 00:00 deste sábado, 27 de novembro, todos os passageiros de voos oriundos de Moçambique (assim como da África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Namíbia e Zimbabué) ficam obrigados a cumprir uma quarentena de 14 dias após a entrada em Portugal continental, no domicílio ou em local indicado pelas autoridades de saúde".

O MAI especifica ainda que a obrigatoriedade de quarentena de 14 dias é extensível "aos cidadãos que entrem em território nacional que tenham saído de algum daqueles sete países nos 14 dias anteriores à sua chegada a Portugal".

"Estas medidas restritivas visam prevenir a disseminação da nova variante do vírus SARS-CoV-2", justifica o governo.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.405 pessoas e foram contabilizados 1.139.810 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

Uma nova variante (Ómicron) foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o "elevado número de mutações" pode implicar uma maior infecciosidade.
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