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OCDE regista quebra sem precedentes no PIB do segundo trimestre
A queda de quase 10%do PIB registada neste segundo trimestre supera largamente a contração de 2,3% que marcou os piores três meses da crise financeira de 2009.
"O produto interno bruto real na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos) mostrou uma queda sem precedentes" entre o primeiro e o segundo trimestre do ano, de 9,8%, segundo as estimativas provisórias avançadas pela entidade esta quarta-feira, 26 de agosto.
Esta queda, além de constituir a maior de sempre, é "significativamente maior" que a de 2,3% que foi registada no primeiro trimestre de 2009, no pico da crise financeira, e justificada com "a implementação de medidas de contenção face à covid-19 em todo o mundo desde março de 2020", escreve a organização liderada por Angel Gurría (na foto).
Entre as sete grandes economias, a do Reino Unido terá sido a mais castigada, com um deslize de 20,4%. Segue-se França, "onde as medidas de confinamento foram das mais exigentes", com uma quebra de 13,8%. Em terceiro no pódio dos perdedores fica Itália, exibindo uma descida de 12,4% na respetiva economia durante o mesmo trimestre.
Estados Unidos e Alemanha ficaram na casa dos 9%, com a maior potência europeia a ceder 9,7% e a maior potência mundial a cair 9,5%. No Japão, "onde as medidas de contenção foram menos exigentes", a contração do PIB foi de 7,8%. Estas quebras reforçam aquelas registadas no primeiro trimestre, e que se situaram entre 0,6% e 2% para estes países.
No Velho Continente, a Zona Euro declinou 12,1%, acima dos 11,7% correspondentes a toda a União Europeia.
Comparando o segundo trimestre ao mesmo período do ano anterior, os países da OCDE registaram uma quebra de 10,9% do PIB e o Reino Unido manteve-se o mais castigado, com uma queda de 21,7%.