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O que tem de acontecer no seu concelho para evitar as restrições mais graves? Veja no mapa

O Governo vai atualizar a classificação dos concelhos por risco epidemiológico a 18 de dezembro. Veja no mapa o que tem de acontecer em cada município para evitar ser colocado nos dois escalões mais elevados e sujeitos a restrições mais severas, nomeadamente o recolher obrigatório ao fim de semana.

12 de Dezembro de 2020 às 10:00
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O Governo vai atualizar a lista de concelhos por escalões de risco epidemiológico a 18 de dezembro. O Negócios fez os cálculos de como pode evoluir a situação em cada município para que evite ser considerado de risco muito elevado ou extremo e, consequentemente, ser sujeito a medidas mais restritivas, incluindo o recolher obrigatório a partir das 13:00 aos fins de semana.

A nova classificação deverá ter por base a incidência da pandemia - medida pelo número de casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias - no período entre 2 e 16 de dezembro.

Face ao último período de referência utilizado para classificar os concelhos - entre 19 de novembro e 2 de dezembro - existem municípios que teriam de reduzir drasticamente o número de novos casos para evitar as medidas mais duras, enquanto outros estão "obrigados" a pelo menos manter a incidência para não subirem ao segundo escalão de risco mais grave.

Tendo em conta a população de cada concelho existem municípios que se encontram em risco extremo que necessitam de uma redução no número de casos bastante mais diminuta do que outros que até estão no risco muito elevado para deixar de ter de cumprir as medidas mais gravosas.

Seis concelhos têm de baixar novos casos em mais de mil
O objetivo de passar para os escalões sem recolher obrigatório ao fim de semana (risco moderado e risco elevado) é particularmente difícil para seis municípios, todos no Norte.

Assim, Guimarães precisa de registar uma descida de 2.032 novos contágios face aos registados entre 19 de novembro e 2 de dezembro para conseguir passar para o escalão de risco elevado.

Vila Nova de Famalicão (-1.724), Vila Nova de Gaia (-1.262), Braga (-1.258), Barcelos (-1.095) e Santa Maria da Feira (-1.046) precisam de uma queda de mais de um milhar de novos casos para alcançar aquele objetivo.

Destes seis concelhos, apenas Vila Nova de Gaia não se encontra atualmente em risco extremo. No entanto, sendo o terceiro município mais populoso do país, Gaia precisa de baixar dos 2.704 casos verificados entre 19 de novembro e 2 de dezembro para um máximo de 1.442 contágios.

Há depois um lote de oito concelhos que precisam de encolher em 500 a mil o número de novas infeções para conseguirem escapar às medidas mais severas. 

Mais uma vez, todos estes municípios situam-se no Norte: Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Gondomar, Porto, Fafe, Trofa, Felgueiras e Paredes.

Porto e Gondomar encontram-se no escalão de risco muito elevado e os restantes no de risco extremo.

Entre os concelhos em risco extremo, Marvão é o que precisa de menor redução para "escapar" às medidas mais duras, necessitando de diminuir as infeções em 28. Seguem-se Belmonte e Nisa, que necessitam de um decréscimo de 34 e 35 casos, respetivamente.

Estes valores são muito inferiores a grande parte dos concelhos que se encontram em risco muito elevado. Lisboa, por exemplo, precia de uma diminuição de 388 contágios para baixar para o risco elevado. Ainda assim, a capital tem uma tarefa mais fácil do que, por exemplo, Chaves, Valongo ou Matosinhos.

Já para 19 municípios bastará uma diminuição até 10 casos para deixar de estar num dos dois escalões mais graves.

Há 23 concelhos que não podem aumentar mais do que cinco casos
Se alguns municípios tentam diminuir a incidência para baixar de um dos dois escalões mais elevados, outros esforçam-se por limitar as subidas nos contágios para evitar passar para os escalões que implicam medidas mais severas.

Há mesmo três concelhos - Mira, Golegã e Penalva do Castelo - em que basta mais um caso do que nas duas semanas anteriores para passarem para o risco muito elevado e estarem sujeitos, por exemplo, ao recolher obrigatório ao fim de semana.

Mas noutros 20 municípios a folga também é curta, podendo o aumento nas infeções ir apenas até 10.

Já 17 concelhos podem ver os novos casos aumentarem em mais de 100 que continuam nos dois escalões de risco mais baixo. O Funchal, com margem para uma subida de 415 infeções, é o município melhor colocado.
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