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Novo falhanço no Senado dos EUA sobre plano de relançamento económico

O Senado norte-americano não conseguiu chegar hoje a acordo sobre um plano reforçado de relançamento da economia, em acelerado recuo devido à pandemia do coronavírus, e um dia após um primeiro falhanço sobre uma questão processual.

Reuters
23 de Março de 2020 às 20:07
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Este projeto de lei destina-se a mobilizar até cerca de dois mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros). A sua aprovação no Senado voltou a falhar devido ao prosseguimento das divergências entre a maioria Republicana e a minoria Democrata, que no entanto concordam com a urgência da situação.

A moção que permitiria uma votação rápida sobre o texto apenas obteve 49 votos dos 60 necessários.

O chefe da maioria Republicana, Mitch McConnell, denunciou de forma incisiva "uma obstrução absolutamente estúpida" por parte da oposição.

Antes, o líder Democrata Chuck Schumer tinha considerado que toda a votação seria inútil enquanto prosseguissem as negociações nos gabinetes, "onde foram garantidos verdadeiros progressos", referiu. "Estamos muito próximo de um acordo. Muito próximo", assegurou.

"O nosso objetivo consiste em garantir um acordo hoje e tenho a esperança e confiança que atingiremos esse objetivo", acrescentou.

O texto deve ultrapassar este primeiro obstáculo processual antes de ser submetido ao voto final no Senado, e de seguida a um voto na Câmara de Representantes controlada pelos Democratas. De seguida deve ser promulgada pelo Presidente Donald Trump.

O secretário do Tesouro norte-americano, Steve Mnuchin, negoceia diretamente no Congresso com os chefes Democrata e Republicano para garantir um acordo sobre este gigantesco plano de ajuda económica.

Estas ajudas são cruciais para a economia dos EUA, que provavelmente já entrou em recessão.

No entanto, os Democratas recusam votar o texto com a atual configuração. Pretendem designadamente um reforço da supervisão face aos empréstimos concedidos às grandes empresas, que na sua perspetiva se assemelham a prémios para os seus dirigentes.

Esta manhã e em declarações à cadeia televisiva Fox News, Mnuchin considerou a ideia "ridícula" e afirmou que o plano se destina a ajudar "todos os trabalhadores americanos".

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 345 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 6.077 mortos em 63.927 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.054 casos, tendo sido registados 3.261 mortes.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.182 mortos em 33.089 infeções, o Irão, com 1.812 mortes num total de 23.049 casos, a França, com 860 mortes (19.856 casos), e os Estados Unidos, com 390 mortes (31.057 casos).

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
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