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Casos de covid nos maiores de 80 anos recuam a níveis de novembro
Na reunião dos políticos com os especialistas sobre a situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, a Direção Geral da Saúde assinalou a “tendência de descida” em vários indicadores, ainda assim menor nas regiões de Lisboa, Alentejo e no Centro do país.
A Direção Geral da Saúde (DGS) destacou esta segunda-feira, 22 de fevereiro, a "consolidação da tendência" e mesmo "uma descida significativa no número de novos casos" de covid-19 em Portugal, sublinhando os 322 casos por 100 mil habitantes que se registavam no sábado passado.
Na abertura da sessão de apresentação sobre a situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, André Peralta Santos apontou Lisboa e Vale do Tejo, o Alentejo e o Centro como as zonas de incidência mais altas, mas assinalou que "apenas alguns municípios estão com incidência extremamente elevada" devido a surtos.
No que toca às idades, o perito da DGS sublinhou a "tendência de descida em todos os grupos etários", incluindo nos maiores de 80 anos. Ainda assim, mantém-se como aquela com um maior nível de incidência (475 casos por 100 mil habitantes), mas agora reduzida "ao nível do que tinhamos em novembro, o que é bastante positivo".
A análise regional mostrou que Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a zona que tem uma incidência mais elevada de novos casos e que a Madeira já está num processo de descida, tal como já estavam há duas semanas as restantes regiões do país.
Os internamentos estão equivalentes ao início de janeiro e os casos em cuidados intensivos aos de meados do mês passado. Tal como a mortalidade, que está com uma variação semanal de -37%, seguindo a mesma tendência de descida consolidada desde o início do segundo confinamento.
Norte está melhor que Lisboa
André Peralta Santos trouxe ainda à reunião do Infarmed uma comparação entre as duas principais regiões do país, mostrando que grande parte do Norte do país já tem uma incidência inferior a 240 casos por cem mil habitantes, que a taxa de mortalidade é inferior à média nacional e que os internamentos já recuaram para níveis de novembro. Só os cuidados intensivos não acompanham um recuo da mesma dimensão.
Por outro lado, em Lisboa e Vale do Tejo houve uma "evolução mais expressiva" em janeiro e está agora com cerca de 480 casos por 100 mil habitantes, sendo superior em algumas zonas de Setúbal e de Sintra e inferior nos concelhos a norte da capital. Há descidas nas hospitalizações, que são "menos expressivas" nos cuidados intensivos, e a mortalidade "está também superior ao nacional, como seria de esperar e fruto da maior intensidade da epidemia".