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Matriz de Costa: Portugal continua a ser o único país no verde
Uma semana depois, Portugal continua a ser o único país que consegue ter uma incidência inferior a 120 casos por 100 mil habitantes e um índice de transmissibilidade abaixo de 1. No entanto, os dados do INSA reportam-se a 14 de março, pelo que ainda não refletem o início do desconfinamento.
Portugal continua isolado no canto verde
Posição relativa dos países entre a incidência de covid-19 (escala vertical, logarítmica) e o índice de transmissibilidade, R(t) (escala horizontal)
Quatro dias depois do início do processo de desconfinamento, Portugal continua a ocupar uma posição solitária no canto verde da matriz de risco de António Costa. Ou seja, à luz destes indicadores, Portugal é o país que apresenta a melhor situação epidemiológica.
No entanto é preciso ter em conta que os números apurados e divulgados pelo Instituto Ricardo Jorge (INSA) referem-se a 14 de março, ou seja um dia antes do início da reabertura gradual do país. O R(t) refere-se ao período de cinco dias que culmina a 14 de março e a incidência agrupa o número de casos nos 14 dias que terminam nesta mesma data.
Além de ser o país europeu que melhor compara nesta dupla de indicadores, Portugal está também melhor do que estava uma semana antes. A incidência baixou de forma significativa, passando de 105 casos acumulados em 14 dias, por cada 100 mil habitantes, para 87. Já o índice de transmissibilidade aumentou ligeiramente, de 0,80 para 0,86, mas isso não é relevante tendo em conta que a incidência é tão baixa. Conforme os especialistas têm vindo a sublinhar, o R(t) não pode ser avaliado de forma isolada, devendo sempre ser cruzado com a incidência da doença.
Quanto ao conjunto dos países da União Europeia, nota-se uma ligeira deterioração da situação epidemiológica. São agora 10 os países que têm mais de 480 casos por 100 mil habitantes (contra sete há uma semana) e são 19 aqueles que apresentam um R(t) superior a 1 (contra 16 uma semana antes).