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Goldman Sachs e Morgan Stanley já veem sinais de recuperação global

Economistas do Goldman Sachs e Morgan Stanley dizem que há sinais de que a economia mundial começa a recuperar do impacto do coronavírus e das restrições impostas a empresas e consumidores.

05 de Maio de 2020 às 12:30
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"A atividade económica provavelmente já atingiu o seu ponto mais baixo", disse Jan Hatzius, economista-chefe do Goldman Sachs, num relatório a clientes esta segunda-feira. "As medidas de confinamento e o distanciamento social começam a diminuir com muitos países a reabrirem cautelosamente as economias".

O Goldman Sachs antecipa que as economias avançadas registem uma retração média de 32% no trimestre atual, um crescimento de 16% nos próximos três meses e uma expansão de 13% no último trimestre do ano.

No Morgan Stanley, o economista-chefe Chetan Ahya disse num relatório no domingo que "vários indicadores de alta frequência que rastreamos sugerem que a economia global está em processo de atingir o nível mínimo".



As expectativas dos consumidores melhoraram, as tendências de mobilidade aumentaram em relação aos mínimos e os gastos das famílias estão a cair mais lentamente do que nas primeiras semanas do surto, acrescentou.

"A nossa leitura é de que a economia da China atingiu o nível mais baixo em fevereiro, e acreditamos que a Zona Euro deve ter atingido em abril, e os EUA no fim de abril", disse Ahya.

Noutro relatório divulgado na segunda-feira, o economista do HSBC James Pomeroy alertou contra apostas em "forte viragem da economia global". Citou números da China, que indicam que os gastos dos consumidores podem demorar a recuperar, porque as pessoas continuam receosas em comprar ou voltar ao trabalho.

Os governos estão a diminuir cada vez mais as restrições para o combate ao vírus, mas outra ameaça destacada é a possibilidade de uma segunda vaga do surto, o que pode abalar ainda mais a atividade.

"O maior risco negativo para as perspetivas económicas globais é que as taxas de infeção voltem a acelerar acentuadamente à medida que a economia reabre", disse Hatzius. "Afinal, a nossa análise recente confirma que grande parte das melhorias médicas resultou de confinamentos e distanciamento social".

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