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Duas semanas após reabertura das escolas, casos de covid-19 continuam a descer

Os dados divulgados este domingo pela DGS confirmam que a pandemia continua a perder intensidade. Passadas duas semanas sobre o início da primeira fase de desconfinamento, Portugal tem não só o menor número de contágios em proporção da população como continua a conseguir reduzi-los, contrariando a tendência registada na Europa.

A maioria das empresas e dos trabalhadores continua a passar ao lado do teletrabalho.
Pedro Catarino
28 de Março de 2021 às 14:26
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Os dados divulgados este domingo pela Direção-Geral de Saúde (DGS) dão conta de 365 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, o que mantém a tendência de redução homóloga (face ao mesmo dia da semana anterior) em curso desde o final de janeiro. Isto acontece duas semanas depois do início da primeira fase de desconfinamento, que permitiu o regresso das aulas presenciais no 1º ciclo do Ensino Básico, as vendas ao postigo no comércio e restauração, a reabertura de cabeleireiros e afins e ainda de jardins e parques.

Estas duas semanas são especialmente relevantes porque correspondem ao período de incubação da doença, que pode ir de dois a um máximo de 14 dias. É por essa razão que os especialistas pediram que as fases de desconfinamento fossem sempre espaçadas por, pelo menos, duas semanas. Assim, os números oficiais sugerem que a reabertura das escolas, que foi a mais impactante das alterações feitas, não terá tido um impacto relevante na progressão das infeções. 

O número de novos contágios registados nas últimas 24 horas é 19% inferior ao do último domingo, uma redução maior do que a média homóloga registada ao longo da semana que passou. Com exceção da véspera, seria preciso recuar a dia 20 para encontrar uma quebra homóloga tão grande. 

Ainda assim, o ritmo de redução dos contágios tem vindo a abrandar, tal como se esperava. Nos últimos sete dias, registou-se uma variação média homóloga diária de -13%, cerca de metade da verificada na semana anterior. 

É, aliás, este abrandamento do ritmo de redução que explica o aumento do índice de transmissibilidade, o famoso R(t). Sendo este indicador um rácio entre o número de contágios das últimas 24 horas e o número de contágios verificados uns dias antes, à medida que o ritmo de redução abranda, diminui também a diferença entre numerador e denominador, aproximando-se o valor de 1. Pode saber mais sobre a evolução expectável do R(t) aqui.

Em termos de mobilidade, os dados georreferenciados divulgados pela Google apontam para um ligeiro aumento da circulação. No entanto, tal como o Negócios já noticiou, a subida nos primeiros dias de desconfinamento foi muito ligeira nos vários segmentos analisados pela Google. Foi sobretudo nos parques e jardins que a mobilidade mais aumentou. De todo, o modo, o aumento da mobilidade das pessoas começou a notar-se bem antes da primeira fase do desconfinamento. Pode analisar a evolução da mobilidade desde o início da pandemia aqui

Redução dos internados abranda aos fins-de-semana

O boletim diário da DGS indica que houve um aumento do número de internamentos, em 15 para 633, mas este dado deve ser analisado com cautela por causa do fim-de-semana. Com efeito, o histórico da DGS mostra que ao sábado (a que se referem os dados divulgados hoje) e ao domingo tendem a registar-se números piores, o que deverá resultar da organização dos hospitais e de haver menos altas nestes dias. 

Quanto aos internamentos em cuidados intensivos, houve uma redução de seis pessoas, para 142.

Há a lamentar ainda a lamentar 10 mortes. Desde o início da pandemia, morreram 16.837 pessoas por covid-19.
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