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Dirigentes escolares preferiam avançar já para ensino online
A Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE) defendeu esta quinta-feira que deveria ter sido já adotada a modalidade de ensino 'online', em vez da suspensão das aulas, numa altura em que os alunos regressaram de férias há duas semanas.
21 de Janeiro de 2021 às 17:50
"Todos percebemos que há necessidade de medidas com urgência, que faz todo o sentido parar tudo, mas penso que não faz sentido interromper agora as aulas para depois passarmos para o ensino 'online'", disse à agência Lusa o presidente da ANDE, Manuel Pereira.
"Fazer uma interrupção letiva neste momento, não acho boa ideia. Faria mais sentido o ensino a distância. Não foi essa a opção do Governo, para nós é estranho", acrescentou.
Se o prazo de interrupção letiva se prolongar vai avançar o modelo de ensino a distância, considerou.
Relativamente à situação dos meios digitais ao dispor das escolas e dos alunos, Manuel Pereira indicou que é hoje "melhor do que em março de 2020", mas que ainda faltam entregar computadores prometidos em abril e que continua a haver famílias sem internet.
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, anunciou a 04 de janeiro um "reforço da Internet" nas várias escolas do país, considerando a aposta na digitalização a "maior operação logística" e uma "verdadeira reforma" do sistema de ensino.
Durante a visita a uma escola no norte do país, o governante disse ainda que além de 100.000 computadores, que já foram distribuídos durante o primeiro período pelos alunos do ensino secundário do escalão A e escalão B da Ação Social, está prevista a entrega de mais 260.000 computadores.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou hoje o encerramento das escolas de todos os níveis de ensino durante 15 dias para tentar travar os contágios pelo novo coronavírus.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.075.698 mortes, resultantes de mais de 96,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.686 pessoas em 595.149 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.