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Suspensão de aulas compensada no Carnaval, Páscoa e verão. Ministro admite aulas à distância após 5 de fevereiro
A suspensão das aulas a partir desta sexta-feira será compensada nos períodos de férias do Carnaval, Páscoa e, se necessário, no verão. O ministro da Educação admitiu a possibilidade de aulas à distância a partir de 5 de fevereiro.
"Agora estamos num momento do calendário escolar em que ainda podemos fazer compensação. Depois teremos de, ou voltar presencialmente, um ciclo, dois ciclos, todos, ou voltar ao ensino à distância", disse.
O ministro, que sempre insistiu na manutenção do ensino presencial, sublinhou que "nunca nenhum perito afirmou que as escolas foram um relevante local de propagação do vírus" e deixou um "apelo à sociedade portuguesa" para que "cumpra todas as regras em vigor para que possamos reduzir este período de afastamento" dos alunos das suas escolas.
"Temos 1,2 milhões de alunos, nas escolas públicas, que vão ficar afastados" e "todo o processo educativo vai ser sacrificado e os seus percursos educativos serão afetados", lamentou.
Aos alunos e à comunidade educativa em geral, o Tiago Brandão Rodrigues deixou também um apelo, "principalmente aos mais jovens", para que cumpram este confinamento em casa "com o mesmo zelo que vi a cumprirem nas escolas".
"Nada substitui a experiência lectiva presencial e nada substitui todos os dias a ida à escola", pelo que "é muito importante que entre todos possamos encontrar as condições para que este sacrifício dos mais jovens possa ter algum efeito a mitigar esta pandemia".
Digitalização está em curso
Tiago Brandão Rodrigues recusou que esta opção do Governo por mandar os alunos de férias em vez de avançar com o ensino à distância tenha a ver com atrasos na informatização. "Todo o processo de digitalização das escolas está a acontecer de forma notável. Cem mil computadores já estão nas escolas para os alunos da ação social escolar, preferencialmente ao ensino secundário" e "já comprámos cerca de 350 mil para chegarem também aos alunos", garantiu. "É uma grande corrida internacional, todo o mundo está a mandar trabalhadores para casa", disse, justificando os timings da aquisição.
Quanto ao futuro, tudo está em aberto, sendo certo que a medida agora tomada vai ser reavaliada dentro de duas semanas. "É uma janela temporal relativamente pequena, sabemos que depois teremos de tomar decisões", reconheceu, "Veremos o que vai acontecer com a pandemia e aí teremos respostas".
(notícia atualizada com mais informação)