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Covid-19: Número de novos casos caiu 14% nos últimos três dias

A terceira vaga de covid-19 pode ter começado a perder força. Pela primeira vez, há registo de três dias consecutivos de quebra hómologa e em cadeia do número de novos casos. Os números reportados este domingo estão 32% abaixo do registado há uma semana.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, revelou terça-feira que existem 417 surtos ativos, a maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo.
André Kosters/Lusa
31 de Janeiro de 2021 às 14:33
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Surgem os primeiros sinais de que esta nova vaga de covid-19 pode estar, finalmente, a reduzir-se. Este domingo, e pelo terceiro dia consecutivo, registou-se uma descida do número de novos casos, tanto em termos homólogos como em cadeia. 

O boletim diário da DGS deste domingo reportou 9.498 novos casos, o que representa uma quebra de 32% face aos 13.987 divulgados no domingo passado. A comparação homólogos é fundamental dado que os dados divulgados aos domingos e segundas-feiras, reportando ao fim-de-semana, costumam ser inferiores aos registados nos outros dias. 

Se fizermos o mesmo exercício para os últimos três dias, constata-se que houve uma quebra homóloga de 14,4%. Esta é primeira vez que se verificam três dias consecutivos de recuo homólogo, mas também em cadeia (face ao dia anterior) do número de novos casos. Se é ou não o início da inversão da tendência de agravamento registada desde o início do ano ainda é cedo para dizer. A próxima semana será decisiva para responder a esta questão. 

A redução consecutiva do números de novos casos permitiu também que se verificasse pela primeira uma inversão de tendência no importante indicador da média de casos dos últimos 14 por 100 mil habitantes. Este indicador, que é usado para determinar o grau de risco dos municípios, desceu pela primeira desde 1 de janeiro, ao passar de 1.666,7 para 1.658,1. 

Número de mortes iguala máximo de 303

Apesar desta melhoria no ritmo de contágios, o número de mortes voltou a igual o máximo histórico registado no dia 28: 303. São mais 10 do que no dia anterior. 

Também ao nível dos internados, a situação continua a agravar-se. Há agora mais 150 internados do que no dia anterior, subindo o número total para 6.694. Destes, 858 estão em cuidados intensivos, o que representa uma subida de 15. 

A contradição entre a melhoria registada no ritmo de contágio e no número de mortes e pessoas internadas é natural. Existe sempre um hiato temporal considerável entre as variações registadas nos novos casos e depois no número de internamentos e óbitos, que é o que resulta da evolução da doença. 

Tal como o Negócios já escreveu, as medidas restritivas e de confinamento levam bastante tempo a produzir efeito. Nas duas experiências anteriores, de março e novembro, o número de mortes só começou a baixar passado um mês a mês e meio. Recorde-se que o atual confinamento arrancou a 15 de janeiro com o encerramento dos restaurantes e de grande parte do comércio, tendo sido depois agravado a 22 de janeiro, perante o agudizar da situação pandémica, com o encerramento de todos os estabelecimentos de ensino, entre outras medidas. Desde dia 15 de janeiro passaram exatamente duas semanas. 
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