Notícia
Covid-19: Norte com "novos focos" de contágio em Trás-os-Montes, Arouca e Cinfães
Na região Norte, os mapas exibem uma "mancha muito forte" que interliga a zona de Vila Nova de Gaia, região do Vale do Sousa, Vila Verde (no distrito de Braga) e Póvoa do Varzim.
30 de Outubro de 2020 às 18:19
A Associação Portuguesa de Geógrafos (APG) alertou que estão a surgir "novos focos" de contágio de infeção pelo SARS-CoV-2 a Norte, em Trás-os-Montes, Arouca e Cinfães, onde a percentagem de infetados é "elevada" face à dos residentes.
"Temos uma mancha no nordeste, junto a Bragança, que são concelhos de maior dimensão mas com menos população, e depois temos focos soltos, como Cinfães, que faz ligação direta com Arouca e acaba por ter ligações com o Vale do Sousa porque está na mesma comunidade intermunicipal", explicou à Lusa Pedro Chamusca, da direção da APG, com base nos mapas da distribuição geográfica da evolução da epidemia, feitos a partir dos dados da Direção-Geral de Saúde.
O também investigador na Universidade de Aveiro observou que, atualmente, "são 45 os concelhos que têm 100 ou mais casos por 10 mil habitantes e desses 25 são na região Norte".
Segundo Pedro Chamusca, a variação de casos do novo coronavírus, que provoca a covid-19, "não está a crescer com uma intensidade tão forte na Área Metropolitana do Porto (AMP), mas mais no Vale do Sousa e prolongando-se para o interior, quase que acompanhando o Douro".
O académico observou que os mapas mostram "uma mancha muito forte no Porto", que se têm vindo a "densificar muito" por outras regiões.
Entre elas está o Vale do Sousa que, segundo o académico, neste momento, tem "indicadores semelhantes ao Porto", apesar de ser uma área com menos densidade populacional.
Há ainda "outros focos", nomeadamente em Trás-os-Montes, com um conjunto de concelhos como Bragança, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros com "uma elevada percentagem de infetados face ao número de residentes".
O mesmo se passa em Arouca e Cinfães, concelhos que têm 100 ou mais casos por 10 mil habitantes, acrescentou o especialista.
Na região Norte, os mapas exibem uma "mancha muito forte" que interliga a zona de Vila Nova de Gaia, região do Vale do Sousa, Vila Verde (no distrito de Braga) e Póvoa do Varzim.
Essa mancha, segundo o académico, alarga-se "cada vez mais".
Questionado sobre a eventualidade de serem aplicadas medidas mais restritivas a outros concelhos, à semelhança dos três do Vale do Sousa, o académico afirmou que para tal é fundamental "perceber o que está a promover um ritmo mais forte de contaminação em cada um dos 'nortes' que existem dentro da região Norte".
Especialistas alertaram na quarta-feira que a região Norte poderá atingir 7.000 novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2 na próxima semana.
Ouvidos pela Lusa, afirmaram existirem "vários concelhos" num "patamar semelhante" aos três do Tâmega e Sousa onde, na sexta-feira, foram impostas medidas mais restritas.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 45,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.468 pessoas dos 137.272 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
"Temos uma mancha no nordeste, junto a Bragança, que são concelhos de maior dimensão mas com menos população, e depois temos focos soltos, como Cinfães, que faz ligação direta com Arouca e acaba por ter ligações com o Vale do Sousa porque está na mesma comunidade intermunicipal", explicou à Lusa Pedro Chamusca, da direção da APG, com base nos mapas da distribuição geográfica da evolução da epidemia, feitos a partir dos dados da Direção-Geral de Saúde.
Segundo Pedro Chamusca, a variação de casos do novo coronavírus, que provoca a covid-19, "não está a crescer com uma intensidade tão forte na Área Metropolitana do Porto (AMP), mas mais no Vale do Sousa e prolongando-se para o interior, quase que acompanhando o Douro".
O académico observou que os mapas mostram "uma mancha muito forte no Porto", que se têm vindo a "densificar muito" por outras regiões.
Entre elas está o Vale do Sousa que, segundo o académico, neste momento, tem "indicadores semelhantes ao Porto", apesar de ser uma área com menos densidade populacional.
Há ainda "outros focos", nomeadamente em Trás-os-Montes, com um conjunto de concelhos como Bragança, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros com "uma elevada percentagem de infetados face ao número de residentes".
O mesmo se passa em Arouca e Cinfães, concelhos que têm 100 ou mais casos por 10 mil habitantes, acrescentou o especialista.
Na região Norte, os mapas exibem uma "mancha muito forte" que interliga a zona de Vila Nova de Gaia, região do Vale do Sousa, Vila Verde (no distrito de Braga) e Póvoa do Varzim.
Essa mancha, segundo o académico, alarga-se "cada vez mais".
Questionado sobre a eventualidade de serem aplicadas medidas mais restritivas a outros concelhos, à semelhança dos três do Vale do Sousa, o académico afirmou que para tal é fundamental "perceber o que está a promover um ritmo mais forte de contaminação em cada um dos 'nortes' que existem dentro da região Norte".
Especialistas alertaram na quarta-feira que a região Norte poderá atingir 7.000 novos casos de infeção pelo SARS-CoV-2 na próxima semana.
Ouvidos pela Lusa, afirmaram existirem "vários concelhos" num "patamar semelhante" aos três do Tâmega e Sousa onde, na sexta-feira, foram impostas medidas mais restritas.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 45,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.468 pessoas dos 137.272 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.