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Covid-19 em Portugal: Alerta para pico de infeções em outubro

Os especialistas que trabalham com a Direção-Geral de Saúde (DGS) preveem uma subida significativa de novos casos três semanas após o início do próximo ano letivo, que arranca a 14 de setembro, com as escolas a avisarem que regras que lhes foram dadas são impossíveis de cumprir.

Reuters
11 de Julho de 2020 às 12:21
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A Direção-Geral de Saúde (DGS) está a ultimar o "plano de ataque" para o outono/inverno, quando o Serviço Nacional de Saúde (SNS) irá estar sob grande pressão devido, sobretudo, à  circulação da covid-19 em simultâneo com o vírus da gripe.

Entretanto, o grupo de peritos que trabalha com a DGS sobre a evolução da pandemia da covid-19 em Portugal alertou já o organismo liderado por Graça Freitas que o número de infetados deverá começar a subir significativamente três semanas após o início do próximo ano letivo, que arranca a 14 de setembro.

"Numa fase inicial, esse aumento poderá ser exponencial, sobretudo nas zonas com maior densidade populacional, nomeadamente Lisboa e Porto", avisa Manuel Carmo Gomes, professor de epidemiologia na Universidade de Lisboa e um dos principais colaboradores da equipa de peritos da DGS e do Instituto Ricardo Jorge, em declarações ao Expresso.

"O perigo vai começar em outubro e até fevereiro vamos estar sempre debaixo de grande risco, porque as pessoas passam mais tempo em ambientes fechados, tentam manter as suas atividades profissionais, os transportes estarão a funcionar e as aulas a decorrer", alerta o mesmo especialista.

Para conter uma segunda vaga, o Ministério da Saúde promete reforçar cuidados intensivos e laboratórios, apostando no sistema de teleconsultas para doentes que não tenham covid-19. A vacinação contra a gripe será antecipada e alargada a grávidas, funcionários de lares e utentes pertencentes a novos grupos de risco.

Num outro trabalho publicado na edição deste sábado, 11 de julho, o semanário reporta que as escolas consideram que as regras da DGS são impossível de cumprir, manifestando a sua convicção de que mais tarde ou mais cedo será necessário avançar para o ensino misto ou á distância.

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