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Covid-19: Cabo Verde com maior incidência de casos por 100 mil habitantes em África

África totaliza 110.524 vítimas mortais desde o início da pandemia e 4.148.866 de casos de covid-19, além de 3.705.369 doentes recuperados.

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24 de Março de 2021 às 23:47
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Cabo Verde destacou-se, durante o ano passado, como o país africano com mais casos de covid-19 por 100 mil habitantes, uma incidência "particularmente elevada", segundo uma análise da revista The Lancet aos dados da pandemia em África.

"Embora os números de casos e mortes em África tenham sido baixos em comparação com muitas outras partes do mundo, a análise a nível nacional revela taxas de incidência particularmente elevadas em alguns países, incluindo Cabo Verde, África do Sul, Líbia e Marrocos", adianta o estudo.

A análise, que reporta ao período entre 14 de fevereiro e 31 de dezembro de 2020, revela que Cabo Verde registou uma incidência de 1.973 casos por 100 mil habitantes, a mais alta entre os 55 Estados-membros da União Africana (UA) e entre os países africanos lusófonos.

Durante este período, foram contabilizados 11.840 casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2 e 113 mortes, tendo Cabo Verde registado uma taxa de letalidade de 1.0%.

Por outro lado, 11.559 doentes recuperaram, o que coloca Cabo Verde entre os seis países africanos - República Centro-Africana, Cabo Verde, Costa do Marfim, Djibuti, Gabão e Gana - com taxas de recuperação iguais ou superiores a 98%.

O país realizou 107.817 testes durante este período, equivalente a uma média de 9.1 testes por caso positivo de covid-19.

A África do Sul, o país com mais casos acumulados de covid-19 e mortes no continente africano (1.057.161 casos e 28.469 mortes até dezembro) registou uma incidência de 1.819 casos por 100 mil habitantes.

De acordo com números atuais, a África do Sul conta 1.538.961 casos e 52.251 mortes.

Seguem-se a Líbia (1.526/100.000 habitantes), Marrocos (1.200/100.000 habitantes) e a Tunísia (1.191/100.000 habitantes).

Entre os países africanos lusófonos, São Tomé e Príncipe regista a segunda maior taxa de incidência de covid-19 com 507 casos por 100.000 habitantes para um total acumulado de infeções durante o ano passado de 1.014, 17 mortes e 971 doentes recuperados.

A taxa de letalidade situou-se nos 1.7% e, com 7.498 testes realizados, a média de testes por caso confirmado foi de 7.4.

Segue-se a Guiné Equatorial, com uma incidência de 376 casos por 100.000 habitantes, 5.277 casos acumulados da doença, 86 mortos e uma taxa de letalidade de 1.6%.

O país realizou 76.846 testes à razão de 14 testes por caso detetado.

Angola (55 casos/100.000 habitantes) e Moçambique (59 casos/100.000 habitantes) registaram respetivamente taxas de mortalidade de 2,3% (405 mortes) e 0,9% (166 mortes) no mesmo período.

A Guiné-Bissau contabilizou uma incidência de 122 casos por 100.000 habitantes, 2.447 casos acumulados, 45 mortes e uma taxa de letalidade de 1,8%.

O país conduziu 36.588 testes a uma relação de 15 testes por cada caso de covid-19 detetado.

Globalmente, durante o período em análise pela The Lancet, quase 3 milhões de casos de covid-19 e mais de 65.000 mortes foram relatadas em África.

O estudo indica ainda que a segunda vaga de covid-19 em África foi mais severa que a primeira, com mais cerca de 30% de infeções diárias durante a fase de crescimento desta segunda vaga em comparação com o pico da primeira.

Apesar disso, assinalam os investigadores, a maioria dos países implementou menos medidas de saúde pública durante este período.

África totaliza 110.524 vítimas mortais desde o início da pandemia e 4.148.866 de casos de covid-19, além de 3.705.369 doentes recuperados.

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