Notícia
Covid-19: Agência europeia prevê melhorias na situação da UE a partir de maio
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) prevê que a situação da covid-19 melhore em maio na União Europeia (UE), ainda que a ritmos diferentes nos países, devido à vacinação e à melhoria do tempo.
14 de Abril de 2021 às 07:44
"É bastante difícil prever quando é que as coisas se irão inverter e as taxas [de notificação de casos de infeção] começarão a descer, mas provavelmente isso acontecerá em maio", afirmou em entrevista à agência Lusa o responsável pela unidade de Emergência de Saúde Pública do ECDC, Piotr Kramarz.
Segundo o também chefe-adjunto do programa de doenças do ECDC, isso irá acontecer a "ritmos diferentes em países diferentes", até porque "alguns países têm vindo a registar já descidas nos casos", como Portugal.
A contribuir para essa melhoria da situação epidemiológica estão, principalmente, "as taxas crescentes de vacinação nos países", a "parte otimista" destacada pelo especialista, numa altura em que "muitos países estão a avançar para campanhas de vacinação em massa e as taxas de vacinação estão a aumentar".
"E esperemos que este aumento continue", referiu Piotr Kramarz.
Dados do ECDC revelam que, até ao momento, foram administradas pelos países europeus quase 87 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 de um total de mais de 110 milhões de doses que chegaram aos Estados-membros da UE.
A ferramenta 'online' do ECDC para rastrear a vacinação da UE, que tem por base as notificações dos Estados-membros, indica também que, em termos percentuais, só 6,9% da população adulta da UE já está totalmente inoculada (com as duas doses), enquanto 16,8% recebeu a primeira dose da vacina, ainda longe da meta dos 70% estipulada pela Comissão Europeia para final do verão.
A juntar à inoculação, estão os casos de "pessoas que adoecem e que, quando recuperam, desenvolvem - a maioria delas - imunidade que dura geralmente entre cinco a sete meses", assinala Piotr Kramarz.
Estes casos "também proporcionarão alguma barreira porque as reinfecções acontecem muito raramente", acrescenta o especialista, contextualizando que menos de 1% dos infetados volta a apanhar o vírus.
A contribuir para esta eventual melhoria da situação epidemiológica está ainda, segundo o responsável do ECDC, a melhoria do tempo em toda a UE, proporcionada pelo aumento das temperaturas, que leva a que as pessoas não adoeçam tanto com problemas respiratórios e que procurem espaços no exterior e com mais ventilação.
"Outro fator que pode desempenhar algum papel é provavelmente o aquecimento do clima. [...] Não sabemos se é o impacto da humidade do ar ou talvez o comportamento das pessoas que saem mais para o exterior, mas podemos esperar que tudo isto conduza a diminuições" do número de casos, explicou o especialista.
Piotr Kramarz deixa, ainda assim, um aviso: "Este não é o momento de tornarmos a baixar a guarda, de todo".
"Há algo que todos podem fazer, que é seguir as medidas básicas que temos vindo a defender desde o início da pandemia, como manter a distância física sempre que possível - pelo menos dois metros -, fazer a higiene das mãos e cobrir a boca ao tossir ou ao espirrar" e ainda "ficar em casa perante sintomas", elenca.
"Sei que as pessoas estão cansadas, mas é extremamente importante que todos nós possamos fazer algo para nos levar na direção certa" de combate à pandemia, conclui, nesta entrevista à Lusa.
Segundo o também chefe-adjunto do programa de doenças do ECDC, isso irá acontecer a "ritmos diferentes em países diferentes", até porque "alguns países têm vindo a registar já descidas nos casos", como Portugal.
"E esperemos que este aumento continue", referiu Piotr Kramarz.
Dados do ECDC revelam que, até ao momento, foram administradas pelos países europeus quase 87 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 de um total de mais de 110 milhões de doses que chegaram aos Estados-membros da UE.
A ferramenta 'online' do ECDC para rastrear a vacinação da UE, que tem por base as notificações dos Estados-membros, indica também que, em termos percentuais, só 6,9% da população adulta da UE já está totalmente inoculada (com as duas doses), enquanto 16,8% recebeu a primeira dose da vacina, ainda longe da meta dos 70% estipulada pela Comissão Europeia para final do verão.
A juntar à inoculação, estão os casos de "pessoas que adoecem e que, quando recuperam, desenvolvem - a maioria delas - imunidade que dura geralmente entre cinco a sete meses", assinala Piotr Kramarz.
Estes casos "também proporcionarão alguma barreira porque as reinfecções acontecem muito raramente", acrescenta o especialista, contextualizando que menos de 1% dos infetados volta a apanhar o vírus.
A contribuir para esta eventual melhoria da situação epidemiológica está ainda, segundo o responsável do ECDC, a melhoria do tempo em toda a UE, proporcionada pelo aumento das temperaturas, que leva a que as pessoas não adoeçam tanto com problemas respiratórios e que procurem espaços no exterior e com mais ventilação.
"Outro fator que pode desempenhar algum papel é provavelmente o aquecimento do clima. [...] Não sabemos se é o impacto da humidade do ar ou talvez o comportamento das pessoas que saem mais para o exterior, mas podemos esperar que tudo isto conduza a diminuições" do número de casos, explicou o especialista.
Piotr Kramarz deixa, ainda assim, um aviso: "Este não é o momento de tornarmos a baixar a guarda, de todo".
"Há algo que todos podem fazer, que é seguir as medidas básicas que temos vindo a defender desde o início da pandemia, como manter a distância física sempre que possível - pelo menos dois metros -, fazer a higiene das mãos e cobrir a boca ao tossir ou ao espirrar" e ainda "ficar em casa perante sintomas", elenca.
"Sei que as pessoas estão cansadas, mas é extremamente importante que todos nós possamos fazer algo para nos levar na direção certa" de combate à pandemia, conclui, nesta entrevista à Lusa.