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Certificado digital substitui testes para idas a casamentos e batizados

O primeiro-ministro António Costa revelou que o certificado digital que permitirá viajar no seio da UE sem necessidade de testes e quarentenas para os cidadãos imunizados contra a covid-19 terá aplicação ao nível nacional, podendo ser usado para ir a casamentos, batizados e eventos afins.

A testagem aleatória e em massa, como a realizada nas escolas, está a ajudar a controlar as infeções por covid-19.
Carlos Barroso
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O certificado digital que entra oficialmente em vigor a 1 de julho na União Europeia terá aplicabilidade em território nacional, adiantou esta quarta-feira o primeiro-ministro, António Costa, especificando que os cidadãos imunizados contra a covid-19 poderão participar em eventos tais como casamentos, batizados e afins. 

Já perto do final da conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, realizada em Lisboa a propósito da aprovação, por Bruxelas, do Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, António Costa explicou que o certificado "terá utilidade não só para viajar" mas também para "outros fins". "Casamentos e outros eventos do género", o que inclui, por exemplo batizados, poderão "realizar-se em segurança sem a necessidade de testes suplementares", acrescentou o chefe do Executivo. 

O Negócios apurou entretanto que também a ida a eventos culturais como festivais por cidadãos com o certificado digital irá substituir a necessidade de apresentação de testes negativos à covid-19. 

Num artigo publicado no DN, o especialista Filipe Froes defendeu a criação de um certificado para efeitos nacionais que permitisse a ida a bares, discotecas ou eventos desportivos sem a necessidade de realização de testes, ideia depois partilhada pelo comentador Marques Mendes. 

Já esta terça-feira, a Direção-Geral de Saúde atualizou a norma sobre a covid-19, recomendando a realização de testes antes de eventos familiares a partir de 10 pessoas. Também para os eventos culturais e desportivos é determinada a testagem quando o número de espetadores seja superior a mil, ao ar livre, e 500, em recintos fechados.

Assim, a possibilidade de utilizar os certificados digitais deverá evitar, para as pessoas vacinadas, a realização de testes.

Esta quarta-feira, à chegada a Lisboa, Von der Leyen foi a primeira pessoa a testar, em Portugal, o sistema comunitário de validação dos certificados digitais que permitirão viajar no espaço europeu sem que seja exigida a realização de testes ou quarentenas. 

Na conferência de imprensa emitida ao início desta tarde, e na sequência da experiência bem-sucedida com a líder da Comissão Europeia, António Costa notou que "o SEF está em condições de ler os certificados digitais que lhe são apresentados" e anunciou que "hoje mesmo o Serviço Nacional de Saúde vai começar a emitir os primeiros certificados digitais para cidadãos portugueses".

"A partir de amanhã as pessoas poderão começar a requerer, no site do SNS, a emissão do seu certificado digital", disse ainda o primeiro-ministro. 

Neste período experimental do certificado digital, Von der Leyen adiantou que nesta altura 15 Estados-membros já aderiram de forma voluntária ao sistema, sendo que o órgão executivo da UE espera que a 1 de julho todos os 27 já tenham aderido. 

(Notícia atualizada)
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