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Centeno: "A contenção está a levar a economia a tempos de guerra"

Siza Vieira, ministro da Economia, e Mário Centeno, ministro das Finanças, apresentaram esta quarta-feira mais medidas para apoiar as empresas durante a pandemia de Covid-19. Valor total dos estímulos atinge 9.200 milhões de euros.

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18 de Março de 2020 às 08:54
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"A contenção está a levar a nossa economia a tempos de guerra", disse esta quarta-feira de manhã, Mário Centeno, ministro das Finanças, na apresentação de um novo pacote de medidas de apoio à economia, por causa da pandemia de Covid-19. Entre outros apoios, as empresas poderão adiar o pagamento de impostos e contribuições sociais, em termos mais flexíveis do que os que tinham sido previstos até agora.

O conjunto das medidas anunciadas significa um aumento de liquidez de cerca de 9.200 milhões de euros, frisou Mário Centeno, o que representa 17% do PIB trimestral. Deste montante, 5.200 milhões de euros resultam de medidas da área fiscal, 3.000 milhões de euros de garantias concedidas ao financiamento, e mil milhões de euros de medidas na área contributiva.

Sobre o impacto previsível da pandemia no crescimento do PIB e no saldo orçamental, Centeno não adiantou pormenores, reforçando que o momento é de elevada incerteza. Ainda assim e face às medidas anunciadas, Mário Centeno admitiu apresentar um Orçamento Retificativo, caso se venha a revelar necessário. "O Orçamento tem um conjunto de mecanismos que vão ser utilizados. Esgotadas essas folgas, não há nenhuma questão que possa impedir que se adapte o Orçamento através de um Orçamento Retificativo", disse o governante, assegurando que o Executivo está "disponível para considerar extensões ou revisões desta estratégia".

"Não estamos em tempos normais, em termos de pôr em causa estas medidas e os retificativos servem para isso", reforçou Centeno. Do mesmo modo, a liquidez que o Estado tem disponível "serve para ser usada", nomeadamente a almofada que está nos cofres públicos do IGCP, o Tesouro do Estado. "Ceder liquidez às empresas, trabalhadores e famílias - é essa a função do Estado e neste momento está totalmente preservada", assegurou.

Centeno recuperou ainda a frase de Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu, quando na grande crise financeira e de dívidas soberanas disse: "Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance e o que for necessário para enfrentar esta pandemia".

(Notícia atualizada às 10:30)

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