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Vendas a retalho abrandam e produção industrial recua em Julho
Dois dos sectores mais relevantes da economia nacional (comércio e indústria) deram sinais negativos em Julho, o primeiro mês do terceiro trimestre.
A economia portuguesa terá abrandado no arranque do terceiro trimestre, pelo menos tendo em conta a evolução de dois dos sectores mais relevantes, revelam dois indicadores publicados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.
O índice que mede a evolução das vendas a retalho (já ajustado do efeito calendário e em termos sazonais) aumentaram 2,2% em Julho face ao mesmo mês do ano passado, o que representa a taxa de crescimento homólogo mais baixa (pelo menos) dos últimos 12 meses.
Na variação contra Junho, as vendas a retalho desceram 1%, sendo na variação média dos últimos 12 meses a taxa de crescimento abrandou uma décima para 4,1%.
De acordo com o INE, ambos os agrupamentos considerados contribuíram para o abrandamento do índice. As vendas de produtos alimentares aumentam 1,5% (menos seis décimas) e de produtos não alimentares aumentaram 2,8% (menos um ponto percentual).
No que diz respeito à indústria, a produção registou o segundo mês seguido de variações homólogas negativas. Recuou 1,7% em Julho, depois de ter descido 0,2% em Junho.
O INE adianta que o agrupamento de bens de consumo "foi o que mais influenciou a variação do índice agregado", tendo passado de uma taxa de variação negativa de 1,2%, em Junho, para uma queda de 5,2% em Julho.
Na variação de Julho face a Junho a produção industrial aumentou 0,7%, sendo que a variação média dos últimos 12 meses abrandou de 3% em Junho para 2,3% em Julho.
O crescimento da economia portuguesa acelerou para 2,3% no segundo trimestre e vários economistas estimam que tenha voltado a acelerar no actual trimestre.